Antes de escolher um aquecedor a gás é preciso verificar as condições hidráulicas do imóvel, observando a tubulação para água fria, para água quente e para o gás, que vai alimentar o aquecedor com gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás natural residencial (GNR). O tecnólogo civil, técnico em mecânica e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Osmar Barbosa, ressalta que a instalação e a manutenção devem ser realizadas por técnicos treinados pelos fabricantes e sob a supervisão de um profissional habilitado pelo Crea. "Esse profissional saberá dimensionar as instalações garantindo segurança e bom funcionamento", diz Barbosa. PressãoO aquecimento a gás no sistema de passagem necessita de pressão em torno 5 a 10 metros de coluna de água (mca) para o funcionamento em plena capacidade. "Caso não se tenha essa pressão é necessário utilizar um pressurizador instalado, normalmente, logo após a caixa dágua, pressurizando as redes de água quente e fria, para garantir o equilíbrio na hora da mistura. "Em apartamentos que necessitam de um acréscimo na pressão, um pressurizador de menor potência pode ser instalado na entrada de água fria dos aquecedores", afirma.
Outra responsabilidade técnica é atender a NBR 13.103/2.000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regulamenta a adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam gás combustível. De acordo a normativa, no ambiente onde está instalado o aquecedor deve haver ventilação cruzada. "É preciso duas aberturas, no mínimo, para que o ar circule e se evite acidentes que podem provocar as chamadas mortes brancas por intoxicação por monóxido de carbono (CO). Outro ponto importante é colocar o aquecedor a pelo menos 1,5 metro do piso", explica Barbosa.
O técnico observa que a maioria dos aparelhos antigos não obedecem as normas de segurança, como, por exemplo, as relacionadas ao diâmetro da chaminé. "É importante que o consumidor opte por aparelhos fabricados de acordo com as normas e especificações técnicas e dotados de sensores de segurança, que em caso de vazamento ou superaquecimento cortam o gás automaticamente."
Manutenção
Ao utilizar o equipamento, é importante fazer uma análise visual da chama, que deve ser de cor predominantemente azul e transparente, sem a excessiva formação de pontas amareladas. "Problemas de funcionamento podem ser evitados com a manutenção periódica, de no mínimo uma vez ao ano", explica o coordenador técnico da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), órgão de fiscalização da Prefeitura de Curitiba, Hermes Peyerl.
Ao contratar essa mão de obra o consumidor deve estar atento e recusar profissionais que não possuem conhecimento técnico necessário. "Os possíveis acidentes com esses equipamentos decorrem de instalações mal feitas", alerta.
Por meio do telefone 156 é possível solicitar uma vistoria do Cosedi para esclarecer dúvidas.
Economia
Sistemas distintos
A discussão sobre as vantagens e desvantagens econômicas dos sistemas de aquecimento de água rendeu alguns estudos nacionais que mostram ora o gás como mais vantajoso, ora o elétrico como mais econômico. "Essa questão está muito relacionada com a forma como o consumidor utiliza os recursos", comenta Osmar Barbosa, conselheiro do Crea-PR.
Ele ressalta uma diferença importante do aquecimento a gás: a capacidade de esquentar uma maior quantidade de água dentro de um determinado período de tempo. "Enquanto o chuveiro elétrico trabalha com vazão média de 3 litros por minuto, o sistema a gás funciona com vazão de 8 litros por minuto, em média, o que proporciona mais conforto no banho. Dessa forma é difícil fazer uma comparação."
Quem busca um aquecedor a gás mais eficiente deve observar a classificação do modelo na avaliação feita pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) que dentro do Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do gás natural (Conpet) classifica os aquecedores de A a E, sendo A o mais eficiente no uso do gás.
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