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Se quiser ter toda a documentação em ordem, o comprador terá de pagar despesas de cartório que podem somar até 5% do valor total do imóvel.

Para um bem no valor de R$ 100 mil, por exemplo, essas despesas extras se aproximariam dos R$ 5 mil. "Como algumas dessas taxas não são calculadas por um porcentual, há casos nos quais aquele que adquire uma casa popular acaba pagando mais do que o que comprou uma mansão, em termos porcentuais", explica João Teodoro da Silva, presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).

Os municípios cobram em média 2,4% do valor do bem, em alguns casos até 3%, de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Os cartórios de registro imobiliário têm taxa de registro (média de R$ 700 a R$ 800 para imóveis entre R$ 100 e R$ 150 mil ou de R$ 200 a R$ 250 para construções populares) e os cartórios de notas possuem valores semelhantes pelo serviço de escrituração imobiliária (que variam de estado para estado).

E as despesas não param por aí. Se o imóvel for adquirido por meio de financiamento, o comprador terá de estar pronto também para despesas cobradas por alguns bancos, como a avaliação do imóvel, análise jurídica, tarifa de administração, abertura de crédito ou, ainda, o serviço de um especialista em documentação imobiliária e auxiliar na tramitação do processo.

Embora tenha dado sinais de querer criar medidas que reduzam esses custos, o Governo Federal tem pela frente um sério problema a enfrentar. Como os impostos e taxas vão para cartórios, estados, municípios e União, teria de oferecer a esses compensações pela perda de receita. Segundo Teodoro da Silva, o barateamento dos custos certamente contribuiria para a diminuição dos riscos que se corre com os chamados "contratos de gaveta" – em que os direitos do imóvel são transmitidos somente por meio de procuração.

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