Verifique a densidade ideal para o seu biótipo| Foto:

Proporções

Confira as dicas para garantir conforto no seu dia-a-dia:

- Respeite um espaço de circulação de, no mínimo, 50 centímetros para cada um dos lados da cama de casal.

- Encoste um dos lados da cama na parede somente se for utilizada por apenas uma pessoa.

- Se o armário for tradicional, o ideal é deixar um espaço de 1 metro entre o conjunto de cama e o móvel, para dar espaço suficiente para abertura das portas e para circulação.

- Opte por armários com porta de correr se quiser adquirir um conjunto com metragem maior do que a padrão, como queen ou king.

- Verifique se a altura do conjunto de cama está de acordo com a sua estatura. O ideal é que, sentado no colchão, consiga encostar as plantas dos pés no chão.

- A mesa de cabeceira deve estar em nível semelhante ao da altura do conjunto de cama. Nem muito abaixo, nem muito acima.

- Escolha o tamanho do conjunto de cama antes de definir os pontos de iluminação. Evitará que fiquem mal localizados.

- Para aproveitar melhor os espaços, escolha conjuntos que tenham cama auxiliar, gaveta ou baú.

Fonte: Cristiane Pereira e Grazielle Winter, arquitetas do Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões (Cepdap).

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Há pouco tempo um luxo desfrutado em suítes de requintados hotéis, os colchões com materiais de alta tecnologia chegam com força às residências e garantem elevado conforto na hora de dormir. Molas ensacadas individualmente, viscoelástico e fibras naturais são termos específicos cada vez com mais naturalidade no vocabulário dos consumidores. Hoje, apesar do uso desses materiais elevar em cerca de 30% o valor em relação aos colchões de espuma comum, 80% das vendas nas lojas especializadas giram em torno deles.O colchão muito rígido entorta a coluna e exige muito dos músculos, quando deveriam descansar. Os muito macios não dão a sustentação necessária para as partes mais pesadas do corpo. Assim, quadris, ombros e coxas afundam, ao invés de serem moldados, e podem desviar a coluna. "O repouso ideal é aquele que reúne suporte, para o alinhamento correto da coluna, e conforto, para o alívio de pressão", afirma o diretor da Maxflex, Sidney Gonçalves. O mercado tem opções de vários tamanhos, sendo o queen (1,98 x 1,58) o mais procurado. O box completo (colchão + base) custa a partir de R$ 1.500. "A medida padrão (1,88 x 1,38) está pequena para os consumidores. Vinte centímetros a mais no comprimento e dez na largura oferecem um conforto melhor, além de a diferença ser apenas de 10% a mais, em mé­­dia", avalia a gerente da Ex­­clusiva Castor do bairro Juvevê, Katia Alves de Araújo.

Vibração zero

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As molas ensacadas são pré-comprimidas, não provocam ruídos por não haver atrito e garantem um sono sem interferências, como explica o diretor comercial da FA Maringá, Luiz Castro. "Os casais, por vezes, sofrem com o fato de o outro se mexer e incomodar, especialmente quando há diferença grande de peso. Nesse caso, o movimento de uma pessoa não atrapalha o sono da outra, porque o outro lado não vibra quando o companheiro se vira."

Para dar a sensação de bem-estar, uma camada de pillow top – espécie de travesseiro gigante sobre o colchão de molas ou em ambos os lados em alguns modelos – é fixada ao colchão de molas ensacadas, recheado de espuma viscoelástica. Esse material ficou popular por meio dos travesseiros, conhecido como um material desenvolvido pela Nasa. "O conforto é muito grande, porque essa espuma tem uma alta capacidade de absorção de choques. A espuma se molda ao corpo e a pessoa não afunda", diz Castro. É uma espuma sem memória, ou seja, ela volta em pouco tempo ao estado original, além de proporcionar o conforto térmico.

Fibras naturais

A qualidade dos tecidos acompanha o alto padrão dos recheios, com utilização de produtos renováveis, como fibra de bambu, soja, aloe vera e algodão, em substituição aos tecidos de poliéster e polipropileno. Outra vantagem é o tratamento com íons de prata, que evitam odores causados por fungos e bactérias, opção recomendada para pessoas que sofrem com alergias. "Hoje temos modelos inclusive com aromas, como o de camomila, que é um componente que ajuda a relaxar", diz o gerente de marketing da Herval, Paulo Pacheco.

Produto terá certificado do Inmetro

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Em breve, os fabricantes de colchões terão de seguir regras es­­pecíficas para a elaboração de seus pro­­dutos. O Instituto Nacional de Me­­tro­­­lo­­­gia, Normalização e Qua­­lidade Industrial (Inmetro) está em fase de finalização do Regulamento de Ava­­liação de Conformidade (RAC), que obrigará a certificação desses produtos com base em critérios técnicos definidos pela Asso­cia­­ção Brasileira de Normas Téc­­ni­­cas (ABNT).

O consumidor poderá avaliar a qualidade do produto que está adqui­­­­rindo por meio de selos de con­­formidade do Inmetro afixados nos colchões. Serão avaliados diversos itens, como dimensões do produto (se comprimento, largura e espessura atendem à norma), resistência da matéria-prima em relação à possibilidade de ruptura, alongamento e rasgo, e revestimen­­to (resistência do tecido que reveste o colchão e o risco de propagação de chamas).

A medida começou a ser estudada pelo Inmetro após a sua Ouvido­ria receber reclamações de consumidores relacionadas, principalmente, a dores lombares por causa de deformidades nos colchões e des­­gaste do tecido com pouco tempo de uso. Os resultados de duas aná­­lises foram decisivas. Segundo o Inmetro, foram testados colchões D33 para solteiro por duas vezes nos últimos quatro anos. Em 2006, 47% dos colchões apresentaram inconformidades em relação à norma técnica brasileira. Em 2008, houve au­­mento para 66%.

Em julho, o processo de re­­­gu­lamentação passou por um pe­­río­do de consulta pública no site do Inmetro para obter sugestões da so­­ciedade. Segundo o chefe substituto da Divisão de Programas de Ava­­liação da Conformidade do Inme­­­­tro, Leonardo Rocha, assim que terminar a etapa de consolidação do texto final, ele será publicado no Diário Oficial da União. "Con­­siderando a complexidade do tema e o fato de termos recebido um número considerável de contribuições neste processo, acreditamos que dentro de 90 dias teremos a versão consolidada do documento para publicação definitiva", diz. A partir daí, fabricantes e comerciantes terão um prazo de 18 a 24 me­­ses para adequação.