Entenda
Quais os tipos e preços de lâmpadas
Incandescente: Tem excelente reprodução de cor: é a que mais se aproxima da luz do sol. Desvantagem: consumo alto e vida útil baixa. Para criar luz, a energia que vem da rede elétrica aquece o filamento de tungstênio da lâmpada, que brilha e é capaz de iluminar. Preço: a partir de R$ 0,90.
Fluorescente: Mais longeva e econômica, tem a luz gerada pela energia ultravioleta produzida pela descarga elétrica no interior do tubo, que contem mercúrio e um gás interno (argônio ou neon). Desvantagem: o descarte. No Brasil só há quatro recicladoras desse tipo de lâmpada e o custo para reutilizar é o mesmo de fazer uma nova. Preço: a partir de R$ 3,50.
LED: Sigla para Lighting Emitted Diodes. São as lâmpadas mais modernas. Convertem a energia elétrica diretamente em energia luminosa por meio de pequenos chips. O consumo de energia é extremamente baixo e a vida do produto é longa. Desvantagem: peca na reprodução de cor. Em compensação, dá margem a mais formatos e cores. Preço: a partir de R$ 18.
Fonte: Patrícia Passo e Lâmpadas Golden.
Informações
Ao comprar, preste atenção na embalagem da lâmpada, que traz informações como a cor predominante e o gasto energético do produto. Repare na temperatura que ela alcança e no tempo de vida útil. Nas embalagens das LED e das fluorescentes, devem constar informações sobre a equivalência com as lâmpadas incandescentes.
Serviço
Novit Light tel (41) 3320 7750 - www.novit.com.br
Patrícia Passo tel (41) 3077-7226 - www.ntz.arq.br
Lâmpadas Golden www.lampadasgolden.com.br
Está chegando a hora de mudar tudo no quesito iluminação. A transição não será fácil: cerca de 80% dos das casas brasileiras ainda usam as tradicionais lâmpadas com filamento de tungstênio, conhecidas como incandescentes. Até 2016, porém, a familiar lâmpada amarela deixará de ser produzida, importada e vendida no país. A extinção acontece porque a tecnologia que sustenta o produto está obsoleta.
"A incandescente é menos eficiente. Tem menor durabilidade, gasta mais e ilumina menos do que os novos tipos", explica Patrícia Passo, arquiteta especialista em iluminação. A lâmpada amarela é, também, foco de calor. "Há ambientes em que é preciso usar equipamentos para equilibrar o conforto térmico causado pela iluminação", exemplifica Patrícia.
Transição
No lugar das amarelas, o consumidor terá que optar entre as fluorescentes, halógenas ou LED (abreviação da sigla Lighting Emitted Diodes).
Em quatro anos de transição de 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016 os fabricantes devem parar de produzir e distribuir as incandescentes, enquanto os comerciantes deixam de vender o produto. Mas os brasileiros ainda estão confusos com a troca.
Há quem faça estoque do produto antigo para adiar a transição. A explicação é simples: estamos familiarizados com a luminosidade da lâmpada tradicional.
Cor
"A principal análise do consumidor é a diferença com relação ao conforto térmico. As novas tecnologias não têm índice de reprodução de cor igual às amarelas", comenta o light designer Bender Barbosa, da Novit, empresa especializada em projetos de iluminação.
"A lâmpada incandescente foi a primeira a ser criada, e as novas tecnologias, embora mais eficientes, ainda não se comparam com a luz que ela proporciona", diz Patricia Passo. Mas a economia que as lâmpadas novas proporcionam torna a mudança indiscutível. "A incandescente tem vida útil de 800 horas, enquanto a fluorescente chega a seis mil horas e a LED a 25 mil", observa.
Economia
Leandro Barros, especialista em iluminação das Lâmpadas Golden, traz dados que indicam a necessidade de mudança. "A simples troca pode reduzir em até 80% o consumo doméstico de energia relativo às lâmpadas. A incandescente usa apenas 10% da energia que consome para gerar luz, o resto é dissipado em forma de calor. Já a fluorescente compacta usa 25% da energia total consumida para gerar luz. Isto significa uma economia real de energia elétrica de 75% por lâmpada", aponta.
ConsumidorPara comprar certo é preciso observar detalhes
Muita gente se atrapalha na hora de comprar lâmpadas fluorescentes. Para evitar confusão, o consumidor deve estar atento aos detalhes na embalagem. "Tem gente que compra lâmpada pela potência (W). Mas potência é consumo, e não luminosidade. Isso se vê na medida de lumens nas embalagens", explica Leandro Barros, da Lâmpadas Golden. De acordo com ele, não necessariamente um potência maior ilumina mais.
Outra dica é observar a tensão 127V, 220V ou 12V. "Isso provoca, muitas vezes, a queima desnecessária da lâmpada", aponta.
O consumidor também precisa observar a temperatura de cor, ou seja, se a lâmpada produz luz amarela ou branca. "Esse item é determinante sobre como vão ficar os ambientes".
Outro problema para o comprador é que, no caso das LEDs, há dezenas de marcas no mercado. Os preços variam muito, para produtos visualmente muito parecidos, confundindo a escolha. Especialistas apontam que há LEDs de qualidade e outras com mau desempenho.
A compra errada leva a problemas como queda abrupta da intensidade luminosa logo depois da instalação, queima precoce, ao redor de 2 mil horas de uso, queima ou baixa intensidade de luz de um ou outro diodo, quando a lâmpada tem mais de um ponto emissor de luz, e perda da cor da luz emitida.
Para regular o mercado de consumo desses produtos, o Inmetro publicará um Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ) para as lâmpadas LED, visando eficiência energética e segurança.
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