Dia frio, banho quente. De repente, a escuridão toma conta do banheiro e a água esfria. O que, comumente, se pensa? Que caiu o disjuntor e que talvez seja necessário trocá-lo. E se a TV não liga? O diagnóstico é rápido: está queimada. E vai o aparelho pro conserto. Mas em ambas as situações, o problema pode ter sido originado na fiação elétrica.
Medidas paliativas, como consertar apenas o aparelho ou aumentar a capacidade do disjuntor, definitivamente não resolvem, dizem os especialistas. "Quando cai o disjuntor, normalmente é porque a fiação é velha. Antes não era comum termos tantos aparelhos elétricos em casa como agora, portanto, a fiação antiga não é a mais adequada", diz o engenheiro eletricista Edson Ribeiro da Silva, do setor de medição de energia da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Escondida na parede, a fiação elétrica também tem vida útil. "A isolação de um cabo elétrico dura em média 20 anos. Passou disso, é preciso fazer uma revisão para avaliar a necessidade de troca. Além de oferecer risco à segurança a maioria dos incêndios de origem elétrica ocorre por causa de cabos desgastados , uma fiação sobrecarregada também provoca prejuízo na conta de luz, pois pode permitir fuga de energia", explica Silva. "Segundo padrões de 20 anos atrás, a isolação era feita de papel. Estas hoje precisam ser trocadas. Infelizmente, a grande maioria das pessoas só toma alguma providência quando acontece alguma coisa, mas o ideal é que haja inspeções técnicas esporádicas", adverte o engenheiro Jairo Alves de Carvalho, diretor da Grupo Max Tec, empresa que presta assistência para instalação contra surtos elétricos.
Outro problema, comum nas áreas mais carentes, é a instalação elétrica irregular, conhecidas como gatos ou gambiarras. "Essas ligações são muitos perigosas, mas o maior problema são mesmo as instalações internas", explica Silva. De acordo com os peritos em instalações elétricas, a desinformação de proprietários de imóveis e síndicos sobre questões básicas ainda é uma barreira a ser superada para minimizar riscos de segurança e conscientizar sobre o consumo adequado de energia.
Daí os esforços, por parte dos especialistas, para que seja considerada a necessidade de realizar uma revisão nas fiações elétricas, sobretudo nas antigas. "Se nada for feito, podem ocorrer incêndios causados por sobreaquecimento da fiação e curtos-circuitos. Além disso, é comum ocorrerem danos a equipamentos elétricos ocasionados pela diminuição de tensão nas tomadas. Aí as pessoas cometem um erro de avaliação: mandam arrumar o equipamento que queimou e não verificam se existe algum problema na fiação", afirma Carvalho.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano