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“Apresento a legislação e trago exercícios resolvidos para ajudar a esclarecer as dúvidas que os profissionais costumam ter.” - Ivan Fernandes, capitão do Corpo de Bombeiros | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
“Apresento a legislação e trago exercícios resolvidos para ajudar a esclarecer as dúvidas que os profissionais costumam ter.” - Ivan Fernandes, capitão do Corpo de Bombeiros| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O grande número de falhas cometidas por profissionais da área de engenharia e arquitetura na elaboração de projetos, no que se refere aos itens de segurança contra incêndio e pânico, levou o capitão do Corpo de Bombeiros e engenheiro civil Ivan Ricardo Fernan­des a publicar o livro Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

A edição, uma parceria entre o Corpo de Bombeiros, o Conselho Re­­gional de Engenharia, Arquite­tu­­ra e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e a Pontifícia Universidade Ca­­tólica do Paraná (PUCPR), tem o propósito de orientar e capacitar os profissionais quanto às exigências necessárias para os projetos de prevenção de incêndio e pânico em obras comerciais, industriais e residenciais com mais de 100 metros quadrados e multifamiliares.

O livro teve como base uma pesquisa realizada por Fernandes junto ao setor de análise de projetos do Corpo de Bombeiros, que verificou 50 projetos encaminhados para emissão de alvará. No total, foram constatadas 216 alterações. A maior incidência, com 49%, foi de problemas nos itens referentes às vias de abandono das edificações, como o sentido de abertura das portas, presença de barras antipânico nas portas, distâncias máximas a serem percorridas na saída do local, entre outros.

Os erros vão desde procedimentos burocráticos, como ausência de documentação técnica, de memoriais e documentos, a outros aspectos técnicos, como falhas no sistema de detecção e alarme de incêndio, e nos sistemas preventivos móveis e fixos, que incluem, por exemplo, extintores, tubulação e hidrantes. "São itens simples, mas desconhecidos de muitos profissionais. A ideia é levar esse conhecimento para melhorar a segurança das cidades como um todo, atuan­do na prevenção e diminuição de ocorrências de incêndio e pânico. Dos 399 municípios paranaenses, apenas 49 possuem Corpo de Bombeiros", diz.

Álvaro Cabrini Jr., presidente do Crea-PR, destaca que o livro procura unificar os principais procedimentos existentes, embora algumas cidades sigam legislações diferentes quanto à prevenção de incêndios, levando aos profissionais da área informações sobre os cuidados necessários quanto à aplicação das normas de segurança na elaboração dos projetos.

O livro aborda as exigências legais que as edificações devem obrigatoriamente atender para que obtenham a concessão do Alvará de Construção, cujas vistorias têm como base o Código de Prevenção de Incêndios, da Asso­ciação Brasileira de Normas Téc­nicas (ABNT) e o Código de Postura Municipal. "O número de projetos reprovados por falhas nas normas de segurança chega a 70%. O livro é, sem dúvida, um material de interesse para a sociedade em geral e para quem trabalha com a elaboração de projetos com essas características", afirma Cabrini, que estima a publicação de 15 mil exemplares do livro nesta primeira edição. A distribuição é gratuita e direcionada às prefeituras, entidades de classe, instituições e profissionais ligados ao Crea-PR.

Fernandes explica que estrutura do livro traz de forma simplificada a regulamentação, com exem­­plos práticos baseados nas normas brasileiras. "Apresento a legislação e trago exercícios resolvidos para ajudar a esclarecer as dúvidas que os profissionais costumam ter e que envolvem questões como dimensionamento, número de portas, distância para saída e sinalização de emergência", cita.

O capitão do Corpo de Bombei­ros foi um dos idealizadores do curso de pós-graduação em Enge­nharia de Segurança Con­­tra Incên­dio e Pânico, oferecido pela PUCPR desde de 2009.

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