De piscina suja a problemas com vazamento. Se a piscina não foi checada no inverno, período ideal para isso, a hora de fazê-lo é agora, antes do início da temporada.É comum as pessoas esquecerem da piscina por um período, deixando de lado a manutenção básica do equipamento. O problema mais recorrente resultante dessa falta de cuidado é a água suja. "Depois de muito tempo a água fica esverdeada e as paredes da piscina com musgo. Nesse caso uma simples filtragem não resolve. É preciso todo um trabalho com produtos químicos, escovagem e aspiragem das impurezas da água. Esse processo leva de três a quatro dias para terminar", explica o dono da SOS Piscinas, Júlio César Neves.
Mesmo uma piscina parada há mais de um ano pode ter sua água tratada, ressalta. "Nunca recomendamos o esvaziamento da piscina, porque isso pode acarretar em outros problemas mais sérios na própria estrutura devido a diferenças de pressão."
Para manter a piscina limpa basta fazer a filtragem da água também no inverno, reduzindo a freqüência do verão de três vezes por semana (durante 4 ou 5 horas) para, no mínimo, uma vez por semana, durante 2 a 3 horas. Para facilitar o controle de filtragem, Neves recomenda a instalação de um timer. "Com o aparelho, que custa R$ 50, o cliente pode programar os horários de filtragem, sem precisar fazer isso manualmente."
Mesmo para as pessoas que fazem corretamente a manutenção da piscina, é recomendada, pelo menos, uma visita anual de um técnico para verificar as condições do motor e do filtro. "A maioria das piscinas usa filtro de areia, embora também existam outros sistemas como o de salinização da água ou ainda limpeza por raios ultra-violeta. Essa areia tem vida útil de dois anos e precisa ser trocada. O motor também precisa ser verificado com freqüência, já que seu mau funcionamento resulta muitas vezes em barulho e gasto excessivo de energia", afirma Neves. A análise da água deve ser feita uma vez por mês para garantir a saúde dos usuários.
Vazamento
Além de possíveis conseqüências para a estrutura da piscina seja de qualquer tipo: concreto armado, vinil ou fibra e do próprio imóvel, o vazamento também causa prejuízo no bolso. Um vazamento de um filete de 4 milímetros pode resultar em 13.260 litros de água por mês de desperdício, mais de três caixas dágua.
É comum ter mais de um ponto de vazamento. A água saída de um orifício da piscina causa erosão no terreno onde o equipamento está instalado, forçando também o encanamento, levando a mais vazamentos.
Ao menor sinal de redução do nível da água o técnico deve ser chamado e a piscina não deve ser esvaziada. "Pode ser que, em alguns casos, o técnico determine o esvaziamento, mas somente depois de uma avaliação do terreno onde está a piscina, principalmente em relação à existência de um lençol freático. Uma piscina vazia em uma região em que o nível do lençol está muito alto pode ser jogada para fora do lugar", explica o técnico da Subservi, empresa especializada em consertos subaquáticos, Alexandre Pedro da Rocha. Em alguns casos, um geólogo pode ser chamado para avaliar o terreno.
Hoje, mesmo para serviços como troca de azulejo, não é preciso esvaziar a piscina. Cola especial e equipamento de mergulho bastam para fazer o trabalho embaixo da água. "Só não recomendo o serviço para reparos muito extensos porque pode sair caro. O serviço subaquático é ideal para reparos, não grandes reformas", reforça Rocha.
No caso do vazamento, a identificação do problema é feita com aparelhos eletromagnéticos, que enviam um sinal em ondas para determinado local da piscina e o recebe de volta detectando qualquer anormalidade. Ele diz que não há como dar uma idéia de custos, cada caso é um caso.
