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A história está viva entre os moradores, trabalhadores e visitantes do pequeno . Ela está em suas ruas, praças, calçadas, postes, monumentos e fachadas. o bairro foi o berço da capital paranaense, pois nele se instalaram os primeiros moradores de Curitiba, que se fixaram logo acima do marco zero da cidade, na atual Praça Tiradentes. Caminhar por suas ruas estreitas confere realismo à imaginação da Curityba de outros séculos.

O bairro tem diversos atrativos incorporados à identidade do local. Entre eles destacam-se a Praça João Cândido, o Museu de Arte do Paraná, o Relógio das Flores, as Arcadas São Francisco, o Memorial de Curitiba, o Cemitério Municipal, a Cinemateca, os diversos restaurantes típicos, bem como todo o setor histórico do Largo da Ordem. Um dos eventos mais conhecidos do São Francisco é a tradicional feira de artesanato do Largo da Ordem, que acontece aos domingos, das 9h às 14h. Trata-se de um bairro que faz jus à visitação não apenas de turistas e novos moradores, mas também de curitibanos interessados em conhecer um pouco da história da sua terra.

Mas nem só de história vive o São Francisco, conhecido também pela intensa vida noturna, sobretudo nos arredores do centro histórico. No aspecto imobiliário, a boemia do local produz resultados contrastantes: por um lado, ajuda na área comercial, por outro, prejudica o mercado residencial. "É uma região boa para ganhar dinheiro", afirma Alberico Ventura do Nascimento, presidente do conselho de segurança do setor histórico e dono de um bar no Largo da Ordem. Mas, para Marcos Machado, diretor da Futurama Imóveis, o alvoroço dos bares atrapalha o aspecto imobiliário residencial das proximidades. "A procura por residências é prejudicada pela constante agitação e barulho", explica Machado. Mesmo assim, segundo ele, o número de pequenos prédios pode crescer na região. "Há potencial para isso", afirma o diretor.

A construção mais antiga ainda em pé na cidade é a Igreja da Ordem, erguida em 1737 e localizada na esquina da rua Mateus Leme com o Largo, em meio aos tradicionais bares e sebos da região. Nela mora o Monsenhor Luiz de Gonzaga Gonçalves, que há 14 anos administra a igreja. Já acostumado ao barulho noturno dos vizinhos, ele consegue dormir sem se incomodar. Contudo, nem por isso deixa de reclamar do barulho excessivo nas tardes de domingo. "Há ensaios de bandas que fazem um barulho infernal. Não se pode nem celebrar tranqüilamente uma missa por causa da barulheira", afirma o religioso, que ainda lamenta os problemas que afugentam alguns visitantes. "Aqui é o centro histórico e cultural de Curitiba, onde antigamente as famílias tinham muito prazer em passear. Infelizmente esse costume está se perdendo, principalmente por causa do medo da violência", alerta Gonçalves.

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