Um grande empreendimento foi um dos impulsionadores da produção imobiliária próximo da Praça Osório| Foto: Daniel Dereveck / Gazeta do Povo

0,2% ao ano...

...é a taxa de crescimento populacional do centro de Curitiba. No Centro Cívico, esse valor é igualmente baixo: 0,4% ao ano. A pouca expansão populacional é o motivo para um aquecimento menor da construção na área central, quando comparado a outras regiões.

R$ 4,6 mil é a renda média familiar dos moradores da região central. O valor é acima da média da cidade (R$ 2,6 mil) e indica um poder de compra para imóveis de padrões acima do econômico.

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Nos dois últimos anos, o Centro Cívico apresentou aumento no volume de construções
O tradicional calçadão da Rua XV, no Centro, é um dos maiores polos de serviços e comércio de Curitiba
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Para quem pensava que o mercado imobiliário não investia mais na região central, os números apontados pelo Perfil Imobiliário de Curitiba mostram o Centro e o Centro Cívico como áreas de intenso interesse, tanto para quem compra quanto para quem constrói. A quantidade de serviços e comércio disponíveis e a facilidade de locomoção a outras partes da cidade são excelentes atrativos, sobretudo para grupos específicos, como solteiros e casais sem filhos.

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O perfil do consumidor dessa região é bem definido. A média de habitantes por domicílio é apenas 2,4. No resto da cidade, essa média é 3. "Há muita gente, como estudantes e trabalhadores, que opta por viver próximo a seu emprego ou sua faculdade. Por isso, os empreendimentos lançados costumam ser menores, projetados para famílias pequenas", define Nilton Antonietto, diretor da Thá Incorporação, que recentemente lançou três diferentes empreendimentos na região.

A idade média populacional da região é bem superior à verificada em Curitiba, (37,3 anos), e a população acima dos 70 anos é de 9,8% (bate os 3,6% do resto da cidade), o que indica uma presença forte de idosos nesses bairros.

Como apontou o diretor da Thá Incorporação, para atender esse público, os apartamentos – que são o principal segmento imobiliário de ambos os bairros –, são, em sua maioria, de um ou dois dormitórios. Esse fator derruba o tamanho dos imóveis da região. Na média, são 90 metros quadrados de área total contra 168 metros quadrados da cidade.

Mesmo com área média menor, o preço na região para os apartamentos de um e dois dormitórios é mais elevado do que a média da cidade. Para os de um quarto, o valor médio é R$ 149 mil (em Curitiba, a média desse perfil de apartamento é R$ 139 mil). Nos de dois dormitórios, o preço médio é de R$ 250 mil (contra R$ 213 mil da cidade). Além da grande procura, a alta nos preços é explicada também pelos empreendimentos recentes, que têm alto preço de venda.

Levando-se em conta todas as configurações de apartamentos, a oferta de imóveis na região central é mais forte em padrões mais baratos. Existem à venda 16 empreendimentos, com um total de 1.919 unidades. Delas, 47,1% classificam-se como econômicas (entre R$ 120 mil e R$ 200 mil), padrão com boa venda: mesmo representando quase metade de tudo que é lançado, apenas 24% (que corresponde a 57 apartamentos) ainda não foram vendidos.

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No total de todos os padrões, somente 237 das unidades ofertadas na região central estão disponíveis – com maior concentração no padrão standard, com 46% do total, seguido do médio (28,7%) e o econômico (24,1%).