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Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da Swell:  o investidor saudável busca valorização do imóvel e retorno a longo prazo | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da Swell: o investidor saudável busca valorização do imóvel e retorno a longo prazo| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Retorno médio esperado é de até 0,8% do valor do imóvel

Segundo os profissionais do setor, uma locação equivale, em média, a 0,5% do valor do imóvel – podendo chegar até 0,8%, no caso de um imóvel valorizado e com alta demanda. "No geral, aqueles com aluguel de até R$ 1 mil são os que têm mais procura", conta a gerente-geral da Senzala Imóveis, Augusta Loch. A região não é tão importante, mas vale buscar por oportunidades próximas a escolas e universidades. "Vale consultar o valor de condomínio e investir em alguns itens como armários, box no banheiro e pia na cozinha. Isso permite que o imóvel seja alugado ainda mais rápido e comece a dar retorno para o proprietário", completa Augusta.

Há oportunidades para todos os bolsos. "O investimento depende de quanto a pessoa dispõe para investir. Uma opção é imaginar em qual imóvel o investidor teria vontade de morar", orienta Leonardo Pissetti, da Swell. O empresário Mario Belling, por exemplo, aproveitou para investir em uma região próxima ao Parque Barigui e aposta na valorização do imóvel. "Acredito que em cinco anos isso deva acontecer de maneira satisfatória", comenta.

Escolha

De qualquer forma, analisar a estrutura do bairro – sistema viário, comércio, conveniência e bancos – e o que ele tem para oferecer continua sendo importante na hora de adquirir o bem. E, nesse aspecto, buscar diferentes opiniões é uma dica importante. "Não existe mais consumidor leigo, que chega para comprar sem informação. Hoje as pessoas sabem o que querem e estão bem informadas. É melhor trocar ideias com conhecidos e pessoas do mercado. O corretor nem sempre é a melhor fonte de orientação", complementa Pissetti.

Alternativa

Empreendimentos comerciais também são boa opção para "pé-de-meia"

Uma opção que atrai um grande número de investidores é o segmento comercial. Isso porque Curitiba ainda tem uma grande carência de imóveis deste tipo. "Em alguns lançamentos vimos investidores comprarem lajes inteiras, pois sabem que há forte demanda naquela região", conta Felipe Sebben, gerente de empreendimentos da PDG. Para Gustavo Selig, da Ademi-PR, este mercado é crescente e há interesse em várias regiões. "Vemos lançamentos no Centro e em bairros afastados, inclusive na região metropolitana. Investir em imóveis jamais é um investimento errado. O máximo que pode acontecer é retardar um pouco seu ganho", completa Selig.

Apesar da economia andando de lado, um levantamento feito pela Brain entre mil visitantes da Feira de Imóveis deste ano, realizada entre agosto e setembro, mostrou que o porcentual de interessados na aquisição de imóveis como forma de investimento se manteve de 2012 para cá: 15%.

Segundo os especialistas, apostar parte das economias em um imóvel é mesmo uma boa ideia porque o retorno é sempre certo – além do que se pode ganhar com a locação, ainda existe a valorização do imóvel. "Um imóvel bem escolhido sempre dá retorno.

Isso porque ele continua a ser valorizado até 10 ou 12 anos de uso", conta Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR). "Não sabemos como a economia vai ficar e quais mudanças podem vir. O imóvel acaba sendo uma garantia, um bem que será mantido independentemente de pacotes e medidas econômicas", completa a gerente-geral da Senzala Imóveis, Augusta Loch.

Entre os interessados em investir em imóveis, 84% pretendem colocá-los para locação. Para Selig, essa mudança de finalidade é a principal alteração ocorrida no perfil do investidor imobiliário. Isso porque há poucos anos as pessoas compravam imóveis na planta para revender assim que a obra terminasse. "Chamamos isso de especulação. Hoje vemos que há maturidade neste mercado e que as decisões são mais conscientes, de pessoas que sabem o que querem", completa o presidente da Ademi-PR.

O diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações, Leonardo Pissetti, vai além. "Esse tipo de investidor faz suas aplicações em vários negócios, não é exatamente um investidor imobiliário. O investidor saudável busca valorização do imóvel e retorno em longo prazo", define.

Esse é o caso do empresário Mario de Sousa e Belling, que acaba de adquirir dois imóveis: um apartamento no Santa Quitéria e um sobrado no São Braz. "Eu já pensava em investir há um tempo e acho que é um investimento seguro. Além disso, o ganho é maior que a inflação, diferente das outras modalidades", conta Belling, que pretende alugar os imóveis em breve e destaca os perfis diferentes. "Os dois imóveis têm três quartos, mas a metragem muda e o valor do aluguel também."

Perfil

O consultor em investimentos e só­­cio da Inva Capital, Raphael Cordeiro, conta que nem todos têm perfil para os in­­fortúnios deste tipo de investimento. "O imóvel colocado para locação precisa de manutenção, tem o relacionamento com imobiliárias, com o condomínio, a manutenção constante do imóvel, entre outras tarefas nem sempre agradáveis", alerta ele. O economista da Brain Fábio Tadeu Araújo lembra ainda que o retorno costuma demorar mais que em outros tipos de investimento e, nesse sentido, a aposta em imóveis deve ser encarada como algo de longo prazo, uma fonte extra de renda para a aposentadoria, por exemplo.

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