A retração no volume de unidades entregues e o aumento de 21% nas vendas dos apartamentos residenciais novos no primeiro trimestre de 2016, no comparativo com o igual período do ano passado, segundo dados da Ademi-PR, contribuíram para que o estoque caísse pelo quarto mês seguido em Curitiba.
Em março, 9.087 unidades estavam à venda, 18,7% a menos do que no igual mês de 2015, quando a oferta somava 11.189 imóveis.
Os apartamentos dos padrões econômicos (de R$ 170.001,00 a R$ 250 mil) e standard (de R$ 250.001,00 a R$ 400 mil) foram os que tiveram a redução mais significativa no estoque: 78,7% e 33,5%, respectivamente.
“A manutenção das campanhas promocionais por algumas empresas, aliada ao perfil dos imóveis entregues, muitos deles econômicos, permitem um volume maior de vendas [o que tem reflexos no estoque]”, explica Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado da Ademi-PR.
Cenário
No curto prazo, em um cenário em que se mantenham as quedas do estoque e da oferta de novas unidades, mas no qual a economia melhore, os especialistas alertam para uma elevação do preço dos imóveis, decorrente da conhecia relação entre oferta e demanda.
Para a partir de 2017, Araújo prevê reajustes mais alinhados à inflação, mas ainda distantes dos registrados nos anos de euforia do mercado.
Em março, o preço médio do metro quadrado privativo dos apartamentos novos era de R$ 6.545,00, 5% superior ao do mesmo mês de 2015. A inflação oficial do período foi de 9,39%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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