Desde que abrigou o primeiro Mercado Municipal de Curitiba, em 1874, a Praça Generoso Marques é um ponto tipicamente comercial. Mesmo depois da demolição do prédio, o local atraiu sírio-libaneses, judeus e, mais tarde, chineses, que montaram lojas ao redor da praça.
Hoje, o movimento nas lojas se soma ao da feirinha de artesanato, que acontece quatro vezes ao ano. Tudo transita ao redor do prédio que já foi sede da Prefeitura de Curitiba e abrigou o Museu Paranaense de 1973 a 2002. O local, que atualmente passa por restauração, deve virar um centro cultural, o que anima os comerciantes. "Estão investindo bastante dinheiro; creio que vai ser bom, vai ficar ainda mais movimentado", diz o proprietário da Safira Armarinhos, Carlos Kwan.
O prédio estava desocupado há cinco anos, o que ainda motiva reclamações entre os lojistas. "Essa área central foi abandonada. O tráfico de drogas e a prostituição depõem contra a região", explica José Luiz Gomes do Amaral, cuja família é proprietária de um imóvel no local há mais de 100 anos. "O centro nunca esteve tão mal cuidado", endossa o comerciante Jorge Derviche Filho, proprietário da Casa Bandeirantes, loja que está na praça desde 1943.
Valorização
No mercado imobiliário, no entanto, a área central continua sendo um ótimo ponto de negócios, principalmente para o comércio. O interesse na Praça Generoso Marques é ainda maior. Segundo o diretor da Apolar Centro, Júlio Cesar Cattaneo, a área é uma das mais valorizadas do bairro. O valor do metro quadrado pode chegar a R$ 2 mil para venda e fica em torno de R$ 20 para locação. Para ele, os problemas da região não afetam o comércio. "O pico comercial é durante o dia, e os problemas acontecem à noite. Não há vida noturna comercial naquela região. Além do mais, a tendência é que o centro se revitalize, como a reforma do antigo Paço Municipal. Isso só vai valorizar os imóveis da área."
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura