Contratação
Não é obrigatório, mas é recomendado
O seguro para riscos durante o andamento da obra não é obrigatório, afirma o diretor do Sindicato da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), Waldemar Trotta Júnior. A única exceção é para projetos destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida. O seguro de término de obra, nesse caso, é a garantia para o comprador de que o empreendimento será concluído. "Se uma empresa começa, mas não consegue terminar, contrata-se outra para conclusão", explica Trotta Júnior.
Erro
Há vários seguros para a construção, mas o que protege riscos de engenharia ou erro de projeto é o mais comum de ser contratado. "Apesar de não ser obrigatório, é uma recomendação, porque é segurança tanto para o construtor quanto ao comprador.
Além de ser um argumento de venda", avalia o diretor do Sinduscon-PR. O investimento em seguro fica em torno de 1% do valor da obra, mas pode chegar a até 5%, dependendo do tipo de obra e de financiamento.
Para se proteger de eventuais mudanças de cenário ou mesmo de falhas na execução de projetos é recomendado que construtoras e incorporadoras invistam em ferramentas que as assegurem nas inúmeras variáveis que podem alterar os planos de uma obra. Para ter uma garantia, as empresas precisam fazer uma avaliação do dano máximo provável no andamento de suas obras, valorá-lo e contratar um seguro nesse montante. É uma maneira de proteger desde a construção em si até a responsabilidade do profissional pelos projetos executados. A empresa do engenheiro civil Guilherme Vialle, diretor de incorporações da VCG Empreendimentos, que tem outros dois sócios, chegou ao mercado de Curitiba em meio ao aquecimento do mercado imobiliário, há três anos. Desde então, ela tem sete empreendimentos verticais na capital e região metropolitana, entre produtos entregues, em fase de finalização, de lançamento e de pré-lançamento.
Para as obras da VCG Empreendimentos há uma espécie de seguro de risco de engenharia e responsabilidade civil, que protege no caso de situações como acidente, incêndio, alagamento ou erro de projeto. Por ser uma empresa jovem, é uma forma de não ter de investir tanto com uma seguradora e ter de repassar o valor ao consumidor final. Vialle afirma que por meio de operações estruturadas, obtém nível de garantia que supera 120% do valor da obra. "Temos um fluxo de capital e valor de vendas das unidades aplicado em instituições bancárias em conta vinculada", explica. O ciclo dá garantia de que o dinheiro está sendo aplicado na obra. "Com isso temos a segurança de ter sempre mais dinheiro do que a obra necessita. Dessa forma, o banco é solidário." As instituições realizam uma auditoria mensal e, a partir dela, a liberação dos recursos.
Até agora, diz Vialle, não houve imprevistos nas obras. Além de proteger a empresa, destaca o engenheiro civil, é um item a mais para confiança dos clientes. "O comprador sabe que está aplicando seu dinheiro em uma construtora que trata seus negócios de forma transparente e responsável até a entrega da obra."
Responsabilidade
O déficit habitacional ainda crescente, o acesso facilitado do consumidor a linhas de crédito, programas governamentais de incentivo à indústria imobiliária e a própria lei, que protege o consumidor nas relações de compra, são elementos que estimulam o aumento das vendas de imóveis. Por outro lado, à medida que o mercado cresce, representa uma responsabilidade crescente das empresas e profissionais do setor, avalia o diretor da ValenteRocha Consultora e Corretora de Seguros, Adriano Valente Rocha. "O construtor acaba se responsabilizando pela qualidade de produtos que vêm da indústria, pelas pessoas que contrata para executar a obra, pelos resultados da execução dos projetos e compatibilidade com as previsões iniciais e atendimento de normas técnicas."
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