Voto obrigatório
3,3 mil precisam justificar no PR
Como o voto era obrigatório, os arquitetos e urbanistas ausentes no dia da eleição do CAU precisam protocolar justificativa no Conselho do seu domicílio eleitoral até 120 dias após a votação, que foi no dia 26 de outubro de 2011, sob pena de multa, no valor de uma anuidade, previsto em R$ 350 por lei. Informe-se pelo site www.cau.org.br
A primeira eleição do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) confirmou os 32 arquitetos da Chapa de União (única) como os representantes paranaenses da autarquia exclusiva para a categoria, criada pelo governo federal no final do ano passado (lei n.º 12.378). Foram computados 3.083 votos à favor da chapa, 72,23% do total de 4.268 eleitores que foram às urnas no Paraná. Houve ainda 338 votos em branco e 845 nulos. O arquiteto Laércio de Araújo foi eleito conselheiro federal, tendo como suplente o arquiteto Salvador Gnoato. Outros 15 nomes compõem a lista de conselheiros estaduais titulares, com um suplente cada. A posse será no dia 17 de novembro desse ano e a primeira gestão vai até 31 de dezembro de 2014. Para Araújo, uma importante conquista e um grande desafio. "Lutamos por mais de 50 anos por um conselho específico. Será desafiador para todos os arquitetos, não só para a categoria, mas aos conselheiros eleitos."
Em entrevista para a Gazeta do Povo, Araújo falou sobre o desafio de compor e comandar os primeiros anos do CAU e sobre as prioridades à frente da recém criada autarquia federal. Confira os principais trechos da entrevista.
Quais as principais ações previstas para os três primeiros anos do CAU?
Será principalmente um grande fórum de discussão sobre a nossa formação profissional. Hoje as escolas superiores são registradas pelo Ministério da Educação e é ele que faz a discussão sobre o currículo do curso. Não são profissionais da área que definem questões como carga horária por disciplina. Uma comissão específica será formada para tratar da formação profissional. Inclusive teremos, além dos 27 conselheiros federais para cada UF do país, um 28.º conselheiro que representará as instituições de ensino.
E em relação à prática profissional, qual o maior desafio?
Algo que é muito concreto e uma preocupação é que hoje 80% das edificações não têm autoria ou são irregulares, ou seja, as pessoas estão construindo sua habitação sem assistência técnica. Queremos que o direito da arquitetura seja exercido com qualidade, do projeto ao acompanhamento da obra. A ideia é que os três níveis do governo reservem recursos para esse tipo de assistência. Além disso, queremos proteger a sociedade contra o exercício irregular ou inadequado da nossa profissão.
Quais outras bandeiras o CAU pretende erguer no início das atividades, a partir do ano que vem?
Queremos que toda obra pública tenha concurso público, para atrair maior qualidade ao espaço coletivo. Outra questão é em relação à lei de licitação. Hoje é exigido apenas o projeto básico, uma espécie de anteprojeto. A intenção é que seja obrigatória a apresentação do projeto completo, não somente o básico, mas com parte elétrica, hidráulica e estrutural.
Mesmo sendo um pleito com voto obrigatório, a eleição do CAU teve a participação de pouco mais da metade dos profissionais do Paraná. A que o senhor atribui o índice de participação e como poderia atrair mais a categoria?
A greve dos Correios e o fato de termos muitos endereços desatualizados atrapalharam um pouco a eleição, pois as senhas foram enviadas para os endereços informados pelos próprios profissionais. Além disso, o voto para arquitetos e urbanistas com mais de 65 anos era facultativo, o que também provocou uma quebra. Foram dificuldades severas, mas certamente aumentaremos a participação à medida que fizermos o recadastramento de todos os profissionais, atividade prevista para acontecer no ano que vem.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas