Um terreno em forma de trapézio no ponto mais alto de um condomínio em Londrina, no Norte do Paraná, sempre fascinou o arquiteto paranaense Guilherme Torres. No que ele chama de conjunção de fatores, acabou, em 2008, sendo convidado para projetar uma casa no lugar. "Eu sempre tive na cabeça o que queria fazer naquele terreno, que, por coincidência, foi vendido a um casal para o qual já tinha feito um trabalho. Assim nasceu a La House. O L e o A são as iniciais do nome do cliente, como faço em todos os meus projetos. E House é óbvio. Então, acabou ficando uma coisa meio icônica", explica o arquiteto de 34 anos.
Apaixonado pela arquitetura modernista brasileira, linhas delgadas, volumetria e poucos elementos, Torres define a casa como um grande caixote de madeira. É esse o material que se destaca na construção de 410 metros quadrados feita em três níveis: um subsolo, onde estão a área de serviço e a garagem; um grande volume branco na altura da rua, que concentra living, sala de refeições e cozinha; e um piso superior, com três quartos, banheiros e home office.
A madeira cumaru aparece no terceiro nível, onde há, na lateral, um volume de concreto, com o fundo vazado. Ele abriga o espaço do escritório e acomoda, na parte mais alta, as caixas dágua. E ainda serve para preservar a privacidade do casal de moradores, ao encobrir uma parede de vidro.
De fora não se tem a exata ideia do que há lá dentro. O grande volume branco, pode parecer simplesmente um muro, mas não: "Muro e casa se fundem", diz Torres. Em uma de suas pontas fica a área externa, com a piscina, na outra, o grande living, com pé-direito de 8,5 metros. Nele, a brancura das paredes é quebrada por móveis e acessórios de personalidade, como um grande pufe azul. Em uma das paredes, figuras de um videogame dos anos 80 foram adesivadas.
Contribuindo para a sensação de amplitude, imensas portas de vidro ligam o living à piscina. Mesmo com tanta transparência, não há cortinas na casa. Para proteger os ambientes da luz excessiva, Torres optou apenas por aplicar uma película nos vidros.
Piso de cimento queimado une cozinha e área social
O piso de cimento queimado se estende até a cozinha, dando unidade à grande área social, muito usada para receber amigos. "O dono da casa gosta de cozinhar e recebe muito bem. Todo esse espaço foi pensado para isso", conta o arquiteto.
Na cozinha, a mesa ebanizada com 12 lugares foi combinada a armários pretos repletos de acessórios e a um balcão de laca amarela com tampo de silestone. Nas prateleiras dos armários e em um nicho do balcão, fotografias em preto e branco confirmam que é uma cozinha feita para convivência. A escada leva aos dormitórios. De um lado, dois quartos de hóspedes. De outro, a suíte do casal, com varanda. O piso de cumaru mantém a unidade dos ambientes.
Portas na área íntima
Somente a área íntima tem portas. "Usamos o conceito de loft. A ideia era que tudo ficasse aberto mesmo. Se está apenas o casal em casa, nenhuma porta precisa ser fechada." Nem a suíte do casal é totalmente isolada. Uma das paredes é de vidro, coberta por uma persiana. Da varanda, o casal aprecia a vista do ponto mais alto, sem ter a privacidade invadida.
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