Hora de ir à feira

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A hora é do comprador. Quem quer adquirir imóvel novo ou usado encontra grande variedade de produtos à disposição. Para fazer bom negócio, é precisoprocurar, analisar e comparar preços. Vale a pena – especialmente porque estão mais frequentes as feiras e eventos temporários de comercialização, com descontos, condições especiais de negociação e muitas ofertas reunidas em um só lugar.

A estratégia dos feirões vem se consolidando. A imobiliária Lopes aumentou as vendas em 10 % com o evento realizado no último fim de semana, que dava descontos de até 30%. Foi o segundo "Fim de Semana do Imóvel Lopes" – o anterior ocorreu em 2012. Mais uma vez, o salão da empresa ficou cheio de gente no sábado e no domingo.

O saldo deste ano foi de R$ 33 milhões em negócios, segundo o diretor da Lopes, Luiz Augusto Brenner Rose. Estavam em oferta unidades de 16 construtoras e incorporadoras, com valores entre R$ 190 mil e R$ 1 milhão.

"Temos um mercado ávido por oportunidades. Os eventos mostram que as pessoas estão procurando imóveis e existem ofertas disponíveis. A estratégia é juntar esses dois elos da cadeia", afirma Brenner Rose. Descontos e facilidades na aprovação do crédito são os itens que mais atraem os clientes, aponta o diretor da Lopes.

Foco em negociação

A nona edição do Feirão da Caixa, na semana anterior, contabilizou cerca de nove mil contratos, entre negócios fechados e encaminhados. Os valores das unidades ofertadas iam de R$ 85 mil a R$ 420 mil, com maior demanda pelos imóveis de até R$ 200 mil.

Para a incorporadora Cyrela, que participou do Feirão, o resultado foi positivo.

Ricardo Batista, gerente comercial da empresa, diz que campanhas de ofertas e foco nas negociações têm sido a principal estratégia da empresa para enfrentar a competitividade do mercado.

"Cada vez mais a gente fala a linguagem do cliente: negociamos com o imóvel em que ele mora, aceitamos carro e facilitamos pagamento da poupança", explica Batista.

Para ele, o fator preço está consolidado – o que muda é a forma de negociação. "O comprador está mais consciente da questão do preço. Curitiba estava com valores defasados e incompatíveis com a renda per capita", afirma.

A campanha "Imóvel Fácil" da Cyrela, lançada no Feirão, alavancou vendas. Entre os atrativos, um bônus de até R$ 30 mil em prêmios para investir no apartamento ou na negociação chamou compradores. A corretora Luciane Siqueira, que trabalhou pela Cyrela no Feirão da Caixa, ficou satisfeita. "Vendi três imóveis, um por dia", comemora.

Real e virtual

A imobiliária Apolar ataca em duas frentes: ofertas virtuais e feirão em parceria com o Banco do Brasil. Realizado há um mês, em cinco agências do banco durante um sábado, o evento recebeu cerca de 300 pessoas. A feira gerou negócios que estão em andamento e contratos fechados no local.

Já o Feirão Digital, lançado em fevereiro, divulga no site da Apolar os imóveis para os quais os proprietários aceitaram fazer redução real do preço – em média, 10% abaixo do valor de mercado. "No primeiro mês comercializamos 40% do estoque. É um canal constante de oportunidades para os clientes", diz Jean Michel Galiano, diretor da Apolar.