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A construção da capela é subterrânea e tem formato de cúpula. R$ 300 mil é o custo estimado da obra | Gerson Lima/Divulgação
A construção da capela é subterrânea e tem formato de cúpula. R$ 300 mil é o custo estimado da obra| Foto: Gerson Lima/Divulgação

O Hospital Erasto Gaertner ganhou recentemente uma no­­va capela ecumênica, construída pela associação Ponto de Apoio, de lojas de móveis e produtos de decoração de Curitiba. Antes o hospital, que é referência no tratamento de vários tipos de câncer e atende pacientes de todo o país, contava apenas com um espaço improvisado, debaixo de uma escada de um dos corredores da instituição. "Antes desse espaço improvisado havia uma capela no hospital, mas que foi suprimida pe­­la necessidade de mais leitos", con­­ta o superintendente do Eras­­­to Gaertner, Flávio Tomasich.

A ideia de fazer uma nova ca­­pela surgiu há cerca de três anos quando a Ponto de Apoio escolheu o Erasto Gaertner como al­­vo de ação social. A intenção era colaborar com algo que atendesse diretamente os pacientes e seus familiares – surgiu então a proposta da capela.

O projeto foi feito por um dos fundadores da associação, o ar­­quiteto Jayme Bernardo, e a Pon­­to de Apoio correu atrás de ou­­tras colaborações, inclusive da arrecadação de recursos para obra – tendo êxito com a Itaipu Bi­­­­nacional e a Cimentos Itambé, além de outras empresas, como a Construtora M. Zandonai, e con­­tribuições, como a do engenheiro Marco Antônio Rodri­gues que doou o projeto estrutural da capela e a arquiteta Rei­nilda Fiorese, responsável técnica da obra.

"Sabemos que a fé, o apoio es­­piritual, é um ingrediente im­­portantíssimo nos resultados de um tratamento", diz Tomasich. Ele diz que, com pouco mais de uma semana de funcionamento, a capela tem sido bastante fre­­quentada, inclusive pelos pró­­prios colaboradores do hospital que buscam força e apoio no local antes de começar o trabalho. A Rede Feminina de Com­­bate ao Câncer que possui um setor dedicado ao atendimento espiritual e religioso dos pacientes pretende usar o espaço para essas atividades.

A obra em si durou um ano e quatro meses. A demora para a conclusão da iniciativa se deu por um obstáculo encontrado lo­­­go no início. "Ao tentarmos aprovar o projeto na Prefeitura de Curitiba para obtermos o alvará e darmos início à obra, descobrimos que o hospital ti­­nha partes de seu patrimônio (obras e terreno) não regularizadas na administração municipal, o que impedia também que a nossa obra fosse aprovada. Tivemos de correr atrás de toda uma documentação, incluindo plantas do hospital, para regularizá-lo e só então conseguirmos a aprovação do projeto da capela", relata a presidente da Ponto de Apoio, Marinice Mattos Leão Bettega.

A construção

A capela de 92 metros quadrados, projetada pelo arquiteto Jay­­me Bernardo, foi construída encravada no chão (subterrânea) próximo a uma área verde do Erasto Gaertner, a cerca de 30 metros da portaria. O projeto se baseia nos elementos da natureza, como a água e a terra, e se pro­­põe, segundo Bernardo, a ser um espaço acolhedor, de refúgio para os pacientes e seus familiares. Acima da capela há uma pra­­ça ao ar livre, construída com materiais simples como pe­­dra bruta, madeira e vegetação.

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