Luminária Super Bossa, do designer Fernando Prado para a Lumini| Foto: Lumini/Divulgação
Hope, luminária dos designers Francisco Gomez Paz e Paolo Rizzatto para a italiana Luceplan
Luminária de piso com apoio para parede Lift, de Fernando Prado para a Lumini
Luminária Cosmic Leaf, de Ross Logrove para a italiana Artemide
Luminária Wallflower, com led de parede ou teto, para uso interno e externo, do designer Marcel Wanders para a italiana Flos. A estrutura é em alumínio e a flor em vidro serigrafado
Luminária de mesa ou chão (mais longa) maleável Doride Terra, de Karim Rashid para a Artemide
Luminária de mesa para leitura Let It Be, de Fernando Prado para a empresa brasileira Lumini. Usa led e tem haste flexível e orientável

Inovação tecnológica e nas formas. Essa foi a proposta da Euroluce, mostra bienal de produtos na área de iluminação do Salão Internacional do Móvel de Milão (a maior vitrine de mobiliário para a casa do mundo), realizado no fim do mês de abril. Entre 43 mil metros quadrados e 525 expositores, havia apenas uma empresa brasileira, a Lumini, com sede em São Paulo.

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Um de seus lançamentos foi a luminária Lift. A peça tem uma cúpula de alumínio que pode ser revestida com madeira e altura regulável, oferencendo várias opções de uso. Mais baixa para uma atividade como a leitura, mais alta para iluminar o ambiente todo. "Essa característica multiuso também estava presente em outros lançamentos da Euroluce. Com isso os produtos têm função otimizada, resultando em menos lâmpadas ligadas e menos gasto de energia em casa", explica o designer autor da peça, Fernando Prado. Ele esteve o tempo todo no estande da Lumini e diz que a receptividade dos produtos brasileiros foi muito boa. Primeiro pela característica criativa e versátil do design daqui e segundo pela dinâmica do estande da empresa que permitia que os visitantes usassem os produtos – algo pouco usual em Milão. "Nossa localização, ao lado da Flos (uma das principais marcas italianas), também ajudou."

Aparência

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Os profissionais do design investiram em diferentes formas (orgânicas e retas) e em várias soluções, tanto para ambientes internos quanto externos, partindo de uma ideia abstrata ou mesmo de uma necessidade da arquitetura contemporânea. As luminárias do tipo chandelier (pendentes de teto) estavam entre as principais apostas das grandes marcas, com criações assinadas por designers de renome internacional como Ross Lovegrove – sua Cosmic Leaf foi uma das grandes atrações da gigante italiana Artemide.

Algumas das criações só foram possíveis graças ao led (componente eletrônico em forma de uma pequena cápsula, que produz luz ao receber energia elétrica). O arquiteto Luiz Maganhoto e o designer Daniel Casagrande, profissionais de Curitiba que conferiram a Euroluce de perto, disseram que esse foi um dos sistemas de iluminação mais explorados, "representando a diferença no design com a compatibilidade do tamanho das luminárias, efeitos de iluminação e cores". As pequenas fontes de luz estavam presentes em sistemas para o teto, parede e até mesmo postes e refletores externos.

A Fundação Cosmit, entidade responsável pela organização do salão, avalia que os produtos com led estão com uma performance cada vez melhor e custos menores, caminhando para uma produção em massa.

Materiais

Para Maganhoto e Casagrande, a tendência da indústria de iluminação do setor decorativo é o apelo de produtos econômicos e concebidos com materiais sustentáveis e biodegradáveis. "Dobraduras de papel reciclado, lycras, alumínio e chapas de polipropileno recortadas a laser delimitam estruturas que contornam a luz."

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A madeira, ao lado do metal (o material mais usado na estrutura de luminárias e arandelas) e do acrílico, também apareceu bastante, comenta o designer Fernando Prado.

Já o cristal estava tanto em peças clássicas quanto nas mais modernas. "Nas peças com design contemporâneo, o cristal é usado com força em uma linha geométrica, desenhando volumes em forma de cubos, pirâmides, cones e esferas", definem Maganhoto e Casagrande.