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A procura por aluguel de imóveis nesta época do ano aumenta, em média, 30% nas imobiliárias de Curitiba, mas algumas chegam a dobrar o número de negócios fechados. Segundo as empresas, o movimento cresce, de janeiro a março, principalmente por causa dos estudantes que iniciam uma faculdade ou cursinhos pré-vestibulares. Geralmente, eles procuram apartamentos de até dois quartos – não necessariamente com garagem –, localizados no centro ou próximos ao local de estudo, com aluguel entre R$ 350 e R$ 500 e condomínio de valor baixo.

Na imobiliária Apolar, 60% das locações fechadas até março são de estudantes. Além deles, funcionários que pediram transferência ou a chegada de novas empresas na cidade também aquecem o mercado, conta o diretor de locação da Apolar, Sebastião dos Santos. A gerente de Produção da Galvão Administradora de Bens, Marise Hartmann, diz que a idade desses novos moradores é de 16 a 25 anos. É o caso do estudante de Administração de Empresas, Antônio Carlos Soares, 23 anos, que está enfrentando uma maratona de visitas para encontrar o apartamento ideal. Há três anos, quando chegou em Curitiba vindo de Registro (SP), ficou um mês na casa de amigos e depois locou uma kitinete. Ele conta que levou sorte na época, pois alugou em uma semana. Logo depois, sua irmã veio estudar em Curitiba e foi iniciada mais uma batalha para alugar um apartamento, desta vez com dois quartos. Agora, quer um apartamento mais amplo, com aluguel na faixa de R$ 500 em bairros como Água Verde, Batel, Rebouças e Juvevê. Como trabalha o dia todo, praticamente não tem tempo, o que o obriga a olhar os imóveis somente nos finais de semana. Já visitou oito imóveis até agora.

A mesma dificuldade foi enfrentada pelas estudantes Bruna e Fabiola Stofela Scrolli, de Rio do Sul (SC), que vão começar 2007 na faculdade e de apartamento novo. Bruna conta que procuraram o imóvel ideal para alugar durante um ano, prazo em que ficaram em um pensionato. Elas escolheram um imóvel com dois quartos e semimobiliado. "Vamos colocar apenas as camas e escrivaninhas", diz Bruna. A maior dificuldade, segundo ela, foi encontrar um apartamento com preço baixo.

Mas, não é apenas o setor de locação que sente o movimento desta época. O de vendas também. Gustavo Selig, engenheiro da Construtora Hestia, diz que a procura é maior por parte de universitários, geralmente vindos do interior do Paraná e Santa Catarina. O apartamento mais procurado é o de dois quartos.

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