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Apesar das três reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2006, o Custo Unitário Básico (CUB), índice que aponta os gastos com a construção habitacional, não reduziu o valor dos imóveis construídos e fechou o ano com uma alta de 4% no Paraná.

Segundo o setor, os três pacotes habitacionais, lançados pelo Governo Federal, com redução do IPI para uma série de insumos básicos da construção, não foram suficientes para impactar no custo da produção imobiliária. Para representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), a redução do imposto para alguns produtos apenas equilibrou a elevação do preço de outros, como o fio de cobre, por exemplo, que acumulou um aumento de 29% no último ano. "A medida evitou custos ainda maiores", explica o vice-presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck. Para ele, outro motivo são os altos encargos com mão-de-obra, que respondem a 50% dos custos na construção, e fecharam os últimos 12 meses com aumento de 5,15%.

As construtoras também não vêem a redução de IPI com bons olhos. "Os produtos que foram sujeitos à medida não tem um peso tão significativo quanto outros da cesta básica da construção. Foi uma idéia fantasiosa", afirma o gerente comercial e administrativo da Plaenge Empreendimentos, Luiz Gustavo Salvático. Opinião semelhante tem o diretor da Hestia Construções e Empreendimentos, Gustavo Selig. "Nos casos em que há redução, o valor acaba não chegando de forma integral aos intermediários, entre eles às empresas de construção civil, permanece nas indústrias fornecedoras e dessa forma não tem impacto para o consumidor. O ideal seria o governo cobrar o repasse do benefício em toda a cadeia", defende.

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