Os efeitos da crise econômica contribuíram para elevar em mais de seis vezes o número de imóveis levados a leilão nos últimos quatro anos, no Paraná.
Dados da Associação Nacional dos Mutuários (ANM/PR) apontam que no primeiro semestre de 2016 a média mensal de imóveis leiloados devido à falta de pagamento das prestações do financiamento foi de 154 unidades, contra as 25 registradas em 2013. Em relação a 2015, quando a média mensal era de 116 imóveis, o crescimento foi de quase 33%.
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No acumulado do ano, até junho, 925 imóveis foram levados a leilão no estado. O volume corresponde a 66% do total registrado durante todo o ano de 2015, quando 1.395 unidades foram leiloadas.
“A alta do desemprego e a perda de renda pelas famílias [reflexos diretos da crise] estão entre os principais fatores que tem levado ao aumento da inadimplência”, aponta Luiz Alberto Copetti, presidente da ANM/PR.
Outro ponto que também contribuiu para estes resultados, segundo ele, foi a facilidade para a obtenção do crédito imobiliário registrada nos últimos anos, o que fez com que muitas pessoas dessem “o pulo maior do que a perna” e não tomassem as devidas precauções em relação a ele.
“Muita gente não se dá conta de que com três prestações consecutivas em atraso o banco pode retomar o imóvel, de acordo com as regras da alienação fiduciária, e que esta retomada é muito rápida”, acrescenta o presidente.
Precaução
Adotar uma postura proativa é a primeira dica para se evitar que o bem seja levado a leilão. Segundo Copetti, a partir do momento em que o mutuário perceber que não irá conseguir honrar com os pagamentos, ele deve procurar a instituição financeira e a ANM/PR para buscar orientações para renegociar e/ou incorporar tais prestações à dívida.
“A orientação é a de que a pessoa não deixe de procurar ajuda, pois, depois que o imóvel vai a leilão, há a consolidação de propriedade em nome do banco, o que só poderá ser revertido judicialmente, gerando mais custos”, explica.
Financiamento
Outras medidas para se evitar problemas relacionados à perda do bem devem ser tomadas ainda no momento da contratação do financiamento, como lembra o presidente da ANM/PR. A primeira delas é não forjar a renda, ou seja, não declarar ganhos superiores aos que se realmente tem, além de adequar a prestação para que não ultrapasse 30% deste valor.
Também é fundamental que a pessoa seja consciente em relação ao seu poder de compra e não adquira um imóvel cujo valor está acima daquele que cabe no seu bolso.
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