Locação continua aquecida

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Os números comprovam: o mercado de locação de imóveis residenciais em Curitiba mantém o bom desempenho apresentado desde o início do ano e continua superando os resultados de 2005. Em junho, o índice de velocidade de locação foi de 26,9%, o que significa dizer que de cada 1.000 unidades anunciadas para aluguel durante o mês 269 foram negociadas. No mês anterior, o índice tinha ficado dois pontos percentuais abaixo, em 24,9%. O tempo médio para a locação, por sua vez, caiu, passando de 56 dias em maio para 51 dias em junho.

O levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), entidade do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), mostra que a velocidade de locação dos imóveis residenciais cresce a cada mês. Na média dos últimos 12 meses, o Índice de Velocidade de Locação (IVL) ficou em 26%, também dois pontos percentuais acima da média do período anterior (julho de 2004 a junho de 2005).

Os apartamentos com dois dormitórios foram os que apresentaram o melhor ritmo de locação no mês passado, com velocidade de 36,4%, bem acima dos 30,5% registrados pelos de três quartos. Um dos prováveis motivos para a queda de locação do nicho de três dormitórios, acredita o vice-presidente de Locação e Administração de Imóveis do Secovi-PR, Luiz Alfredo Dornfeld, foi a redução na oferta desse tipo de produto. Para Dornfeld, o estoque de apartamentos de três dormitórios é formado pelas recentes desocupações, e o que está ‘sobrando’ por inadequação ao mercado. "Má conservação, obsoletismo, falta de armários, taxas de condomínio muito elevadas e avaliações incorretas são fatores que determinam o encalhe de certos imóveis. Por outro lado, bons apartamentos com preços adequados, boa apresentação e conservação têm locação quase que imediata, o que mantém a velocidade alta", diz.

O levantamento mostra ainda que o volume de oferta segue em queda. "A insegurança jurídica dos contratos em caso de inadimplência e os conflitos entre locatários e locadores, que custam caro e demoram anos para serem resolvidos, desestimulam aquisições para locação", diz Dornfeld.