• Carregando...
A sala de estar dessa residência possui leds embutidos no teto e no vão das prateleiras na parede. O projeto é da Ideally Iluminação | Divulgação
A sala de estar dessa residência possui leds embutidos no teto e no vão das prateleiras na parede. O projeto é da Ideally Iluminação| Foto: Divulgação

O que é

Entenda como funciona a tecnologia led:

> A sigla led vem do inglês e significa Diodo Emissor de Luz. A tecnologia é semelhante à dos chips de computadores: o led é um diodo (espécie de componente eletrônico) semicondutor que, quando ligado à energia elétrica, produz a luz. A sua aparência mais comum é de uma pequena cápsula, de poucos milímetros. Para a iluminação, essa cápsula, ou diversas delas, é colocada dentro da lâmpada, spot, arandela.

> A diferença para as lâmpadas convencionais é que nas incandescentes a energia passa por um filamento metálico e nas fluorescentes é um componente gasoso que produz a luz.

  • A adega com leds, ambiente da Casa Cor 2007, das arquitetas Maria Cláudia Pugas e Débora Matta

Eles já são conhecidos há muitos anos, basta lembrar daquela luzinha que indica que um aparelho eletrônico – como a tevê ou o computador – está ligado. Mas só recentemente passaram a invadir os projetos de iluminação doméstica. Graças ao avanço tecnológico, os leds (tipo de fonte de luz) viraram aliados de arquitetos, designers e paisagistas para iluminar o interior e os jardins das residências. Mais econômicos e duradouros, tornaram-se opções ideais para serem utilizados de simples balizadores a destaques em projetos luminotécnicos mais avaçados.

As diferenças entre os leds e as fontes convencionais de iluminação, como lâmpadas incandescentes (as mais utilizadas) e fluorescentes, são muitas. Mas podem ser resumidas a uma característica: os leds são sistemas de iluminação mais eficientes. Diferente das convencionais, aproveitam melhor a energia elétrica que recebem e quase não geram calor. Essa eficiência, no entanto, ainda precisa de adaptação aos olhos humanos, acostumados com a luminosidade e calor gerado pelas lâmpadas comuns. Por isso, ainda não é comum utilizá-los como iluminação principal.

No campo da iluminação decorativa a história é bem diferente. Para os projetos luminotécnicos tanto de ambientes internos quanto externos, são a coqueluche do momento, como explica Soraya Ribas, proprietária da loja Ideally Iluminação. "Os leds são elementos muito práticos", diz. Nesse quesito, a profissional conta que essas fontes podem ser utilizadas como balizadores de sinalização (em escadas e calçadas, por exemplo), para iluminar fachadas, muros, piscinas e jardins, ou dar destaque a um quadro ou escultura.

Embora a maior parte dessas funções possam ser exercidas também pelas lâmpadas incandescentes e fluorescentes, a principal vantagem de se optar pelo led está justamente em sua eficiência. "Eles têm um gasto energético mínimo, bem menor do que uma lâmpada convencional". A maioria dos leds comercializados tem potência inferior a 5 watts. Uma lâmpada comum, com iluminação equivalente, deve ter potência de 40 watts, diz a profissional. "São duráveis e em condições normais têm vida útil superior a 100 mil horas (11 anos)."

A paisagista Heloiza Rodrigues, da Prima Plantarum, aponta também que os leds permitem diferentes ângulos de iluminação. Com isso, é possível iluminar todo um ambiente sem excesso de luz. "Significa que em um jardim iluminado com leds é possível ver as estrelas. Isso é impossível com uma iluminação convencional", exemplifica. A paisagista ressalta que nos equipamentos com leds podem ser utilizadas lentes cônicas, cilíndricas, quadradas, cristais e prismas, resultando em efeitos óticos dos mais diversos, como em formato de "V", linhas, sol ou velas.

O tamanho é outra vantagem dessa opção de iluminação. "Como o ponto luminoso é pequeno, os equipamentos também são menores do que os convencionais, produzindo resultados delicados", comenta Heloíza. Esse também é um ponto destacado por Soraya Ribas. "Com esse diâmetro pequeno, pode-se fazer diversos tipos de balizamento ou então uma régua de led (filete com as fontes em linhas). Uma lâmpada comum não seria capaz de dar esses efeitos."

Custos

Grande empecilho para a popularização dos leds – que ainda são utilizados principalmente por escolha dos profissionais ou clientes mais ligado em tecnologia –, o custo ainda é alto quando comparado com tecnologias convencionais. "Uma lâmpada incandescente comum custa em torno de R$ 1. Para se ter um led com o mesmo resultado, o comprador teria de desembolsar R$ 100", diz Soraya.

Mas as profissionais minimizam. Segundo a proprietária da Ideally, os preços vêm caindo com o desenvolvimento da tecnologia. "Logo poderão estar concorrendo em termos de custos", diz. Para Heloiza, o investimento é compensado com a economia de energia a longo prazo. "A fonte tem um consumo 50% menor do que uma lâmpada comum. O gasto anual é bem inferior, mesmo se considerarmos que todas as luzes permaneçam acesas 24 horas por dia."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]