O Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR) e o Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) divulgaram na quarta-feira passada (14) a avaliação do mercado imobiliário residencial curitibano em 2005. O balanço anual das entidades revelou a diminuição do número de ofertas para locação, em contraponto ao aumento da quantidade de imóveis usados para venda, permitindo estimar perspectivas para as duas áreas em 2006. A análise foi sustentada por pesquisa do Inpespar.
Segundo dados do instituto, em 2002 data da penúltima verificação disponibilizada foram ofertadas 4.034 residências para aluguel. Em 2005, o número caiu para 2.849 unidades. Para Luiz Valdir Nardelli, presidente do Inpespar, a tendência é que em 2006 a queda do número de imóveis residenciais oferecidos para locação se acentue. "Alguns fatores contribuem para isso, como o baixo valor do aluguel na cidade de Curitiba em comparação a outras cidades de seu porte e a carga tributária", afirma.
De acordo com o executivo, a análise desses dados permite concluir que em 2006 podem faltar imóveis para alugar na capital paranaense, principalmente na maior faixa de procura, que são as residências cujos aluguéis custam até R$ 600.
Já nas vendas, verificou-se o inverso. Em 2002, 3.884 moradias foram postas à venda em Curitiba. Em 2005 esse número subiu para 6.065 unidades. Para Marcos Machado, vice-presidente de comercialização imobiliária do Secovi-PR, o aumento da oferta de residências usadas para vender é, entre outros fatores, reflexo da maior demora do comprador para decidir diante das opções de compra. "Hoje, quem procura imóvel para comprar pesquisa mais e negocia com muito mais informações. Além disso, atualmente há muito mais pechincha no setor", diz.
Diante da diminuição do número de imóveis para locar, contrastando com o aumento da oferta de unidades residenciais para vender, o diretor projeta para 2006 um maior equilíbrio entre as duas atividades. "Se a pessoa não encontrar o imóvel para locar, a tendência é procurar para comprar", avalia Machado.
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