Dicas
Fique atento a algumas características de funcionamento do aparelho que revelam que é hora de fazer a manutenção. Cuidados diários de uso são bem vindos para aumentar a vida útil do equipamento.
Cor da chama
- Deve ser azulada. Caso surjam tonalidades amareladas, o queimador pode estar sujo ou desregulado, o que provoca consumo exagerado de gás.
Conexões
- Os registros e mangueiras devem estar sempre em perfeito estado. Verifique se há ferrugem. Ela pode provocar vazamentos.
Cheiro
- Qualquer cheiro exalado pelo aquecedor pode revelar exaustão incompleta. Neste caso, desligue o aparelho e o registro do gás, para evitar acidentes que podem ser fatais.
Limpeza
- Evite o contato do aquecedor com produtos químicos.
- Faça a higienização somente com um pano seco. Limpe também o eletrodo de ignição (que gera a faísca para acionar a chama) para assegurar o bom aquecimento.
Precaução
- Feche os registros de gás e de água quando o aquecedor ficar por um período prolongado sem uso. Ao voltar a usá-lo, faça uma breve limpeza no eletrodo e teste o aparelho, ligando um ponto de água e observando o funcionamento.
A lembrança para fazer a manutenção no aparelho de aquecimento a gás costuma aparecer junto com a chegada do frio. Mas os especialistas recomendam uma revisão a cada seis ou oito meses. "Agendar uma manutenção entre janeiro e fevereiro é bastante prudente, evitando a necessidade de revisão durante o inverno", sugere o supervisor técnico da 3B Aquecedores, engenheiro de produção mecânica Marcelo Batalha.
Entre os itens que devem ser verificados em uma manutenção está a instalação especialmente dos dutos da chaminé, que podem sofrer desgaste com o acúmulo de vapor de água. "Na verificação do equipamento em si é importante observar a pressão, os bicos de entrada do gás e da água e os queimadores", explica o engenheiro durante a manutenção do aquecedor do estudante Adolfo Braga.
Assim como fez Braga, antes de chamar um técnico é importante verificar o cadastro da empresa prestadora de serviço junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), que regulamenta a atividade de instalação e manutenção de aquecedores a gás. "Somente um profissional habilitado saberá verificar as instalações, garantindo segurança e bom funcionamento", lembra Batalha.
Norma
A NBR 13.103/2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta a adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam gás combustível. De acordo com a normativa, deve haver ventilação cruzada no ambiente onde está instalado o aquecedor. "É preciso duas aberturas para que o ar circule e se evite acidentes que podem provocar mortes por intoxicação por monóxido de carbono (CO)", explica o técnico da Rei dos Aquecedores e instrutor do Senai-PR, Marcos Rogério Pinho.
Ele observa que a maioria dos aparelhos antigos não obedece as normas de segurança como, por exemplo, as relacionadas ao diâmetro da chaminé. "É importante que o consumidor opte por aparelhos fabricados de acordo com as normas e especificações técnicas e dotados de sensores de segurança", diz Pinho. "Outro grande problema em Curitiba são as instalações prediais. Não é exagero dizer que mais da metade delas têm problemas quanto a posição das chaminés ou os dutos."
Troca
Os dois tipos de aquecedores mais comuns nas residências são os de acumulação ou passagem. Os primeiros são mais antigos, funcionam com um reservatório de água aquecida e normalmente têm mais pressão. As desvantagens estão no risco de vazamento e na dificuldade em manter a temperatura baixa, aponta Pinho. "É um sistema muito útil em hotéis, por exemplo, pelo uso contínuo de água quente, ou em casas que usam o aquecimento solar com o apoio do gás", diz Paulo Roberto Batista, diretor técnico da Astro Rei Aquecedores.
Para quem tem um aquecedor de acumulação, Batista faz um alerta importante: a necessidade da substituição do bastão de anodo de magnésio todos os anos. "Ele protege o tanque contra a corrosão", lembra.
Os aquecedores mais modernos, de passagem, aquecem gradualmente a água na medida em que ela passa ao redor de uma câmara de combustão. "Este é o modelo mais recomendado para residências, especialmente os eletrônicos, de exaustão forçada, que demandam menos manutenção, consomem menos gás e são mais seguros, pois não há contato com o fogo." O modelo que utiliza pilha para acionar a chama tem exaustão natural e demanda mais cuidado no dimensionamento da chaminé.
Para os técnicos, quem pretende mudar de aparelho deve aproveitar os meses de calor, em que há boas condições de preços. "No inverno é mais difícil encontrar produtos em promoção no mercado, até pela grande procura. Em janeiro observa-se bons descontos entre 15% e 30%", comenta Batista.
Pensando no conforto para o inverno e na segurança da família o empresário Roberto Kiss providenciou a substituição de um aquecedor de acumulação por um de passagem logo no início do ano. "Foram muitas as vantagens que me atraíram para o novo produto. O espaço que um reservatório de 300 litros ocupava na área de serviço era muito grande. Além disso, o equipamento tinha uma instalação um tanto precária depois da mudança do GLP [Gás Liquefeito de Petróleo] para o Gás Natural", aponta.
Como principal vantagem veio a economia. "A primeira conta ainda não teve o impacto integral do novo equipamento, mas a perspectiva é de 50% a menos de gasto. Minha conta de gás chegava a R$ 80. Daqui para a frente não deve passar de R$ 40."
Serviço:
Astro Rei Aquecedores (41) 3242-0358; Rei dos Aquecedores (41) 3323-7472 e 3B Aquecedores (41) 3366-2939.
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