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Trailer | Divulgação/RKO Radio Pictures Inc.
Trailer| Foto: Divulgação/RKO Radio Pictures Inc.

O mestre de obras liga para você e diz que, no fim de semana, sumiram os canos, os fios de cobre e as esquadrias. Esses materiais não estão no canteiro de obras nem nos lugares onde o projeto do arquiteto previa. O furto de materiais é um crime freqüente, mas pode ser evitado com algumas medidas e serviços de segurança.

Materiais de metal em geral são os alvos preferidos dos ladrões durante a construção. Poucas pessoas chegam a registrar queixa ou conseguem recuperar o que foi furtado. Segundo a Polícia Militar, para evitar prejuízos, é necessário investir na segurança do canteiro de obras e, principalmente, ficar amigo dos vizinhos.

O contador Valdecir Ruiz sofreu bastante com o furto de materiais, antes mesmo de começar a obra. Ele adquiriu um terreno com uma construção em alvenaria. "Pretendia reformar a casa", conta. O tempo foi passando e as partes da casa foram sumindo. "Tiraram portas e janelas e até quebraram um vaso sanitário para retirar o registro. Os vizinhos disseram que não viram nada e eu acabei não chamando a polícia, afinal, se o ladrão fosse preso, saberia meu endereço, o lugar onde vou morar com minha família", relata Ruiz. Após ter o bem depredado, o contador optou por construir uma nova casa no terreno, mas, dessa vez, contratou uma construtora que se responsabilizou pela segurança do terreno. "Se algo acontecer, não fico com prejuízo."

De acordo com o chefe do setor de planejamento e operações do Comando do Policiamento da Capital da Polícia Militar (CPC), major Douglas Sabatini Dabul, o furto de materiais de construção é um problema freqüente, mas as pessoas não costumam chamar a polícia. "Não temos números sobre isso. A vítima geralmente se preocupa mais em repor o material que foi furtado para agilizar a obra". Segundo ele, medidas de segurança são fundamentais para intimidar os ladrões. "Mas se o furto efetivamente acontecer, só a amizade com os vizinhos e a ligação deles para a polícia e para o dono da obra podem ajudar a identificar o bandido e talvez prendê-lo em flagrante", afirma Dabul.

As medidas mais comuns hoje são o alarme monitorado, os cães, o vigilante e o "cofre" para guardar materiais e ferramentas (uma casinha feita normalmente em madeira, ferro ou alvenaria, com acesso apenas por uma porta bem trancada). Duas construtoras acostumadas com a construção de residências têm outros cuidados especiais. O proprietário da Hillmann, empreiteira que faz obras populares, Ademir Kurten, diz que além do local lacrado para armazenar o material é preciso cuidar para receber os materiais aos poucos. "Assim não fica um volume muito grande na obra. Se houver furto, o prejuízo é menor."

De acordo com o Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia do Paraná (Crea-PR), a legislação não prevê que a responsabilidade de possíveis furtos de materiais durante a construção recaia sobre o engenheiro ou arquiteto encarregado da obra.

Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado Paraná (Sinduscon-PR), a responsabilidade patrimonial da construção, ou seja, a segurança de materiais e bens da obra depende de cada contrato. No caso de construtoras incorporadoras ou contratadas para executar uma obra específica, a responsabilidade é delas. O sindicato recomenda que seja feito sempre um seguro da obra.

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