O mercado de tintas decorativas está em ascensão no Brasil, motivado pelo bom desempenho do setor imobiliário. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas estima que haja crescimento de até 7,3% em 2010, em comparação com 2009. Entre os desafios da indústria está o aperfeiçoamento de tecnologias para lançar produtos que tenham como foco o uso racional de recursos naturais. "O mercado brasileiro é um dos mais receptivos para produtos com apelo sustentável. Há uma pesquisa do National Geographic mostrando que a população do Brasil está disposta a mudar de comportamento para ajudar o meio ambiente e isso inclui comprar produtos com responsabilidade ambiental", diz o diretor da de marketing da AkzoNobel (dona das marcas Coral e Sparlack no Brasil) para a América Latina, Benito Barreta.Em 2009, a divisão de Tintas Decorativas da AkzoNobel registrou crescimento de 10%, porcentual que deve se repetir neste ano. "Mas o mercado brasileiro tem muito a crescer. Aqui o consumo de tinta por pessoa ao ano é de cinco litros. Na Europa, o índice salta para 20 litros. São dados que comprovam o grande potencial de mercado", afirma o presidente da empresa para a América Latina, Jaap Kuiper.
Nessa perspectiva a indústria lançou, na última semana, cinco produtos, todos à base dágua. "É uma tendência. Tendo mais tecnologia, as tintas devem gradativamente aumentar o leque de opções à base dágua para que se diminua o consumo de solventes nocivos ao meio ambiente", aponta Barreta. Um dos destaques está na linha Decora da Coral com a nova tinta Luz & Espaço, que ajuda a iluminar o ambiente, reduzindo o gasto com a conta de luz e dando a sensação de ampliação do espaço. A tinta chega ao mercado neste mês e deve custar cerca de 15% a mais do que uma tinta Premium comum. Uma lata de 18 litros tem preço sugerido de R$ 215.
A economia de energia é possível porque a tinta é feita com uma nova tecnologia (Lumitec), que permite obter um branco até 20% mais branco, refletindo mais a luz e oferecendo até 74% mais luminosidade ao ambiente. Esse desempenho permite que o consumidor acenda a luz mais tarde. "A empresa fez estudos de laboratório mostrando que um cômodo iluminado com menos watts e pintado com a nova tinta apresenta a mesma luminosidade do que outro onde há quantidade maior de watts e aplicação de tinta convencional", explica Kuiper.
Segundo a empresa, com uma lata é possível pintar de 175 a 220 metros quadrados, em parede bruta, e de 200 a 275 metros quadrados de superfícies com massa corrida, considerando uma demão.
A linha Rende Muito é outro exemplo de economia, pois permite a diluição de até 60% em água. "É um dos produtos mais vendidos e a novidade são as novas possibilidades de pigmentação no sistema tintométrico, com mais de mil cores disponíveis", diz Kuiper.
Na marca de vernizes para madeira Sparlak, dois produtos Efeito Natural e Extra Marítmo passam a adotar fórmula à base dágua, o que contribui para evitar o cheiro logo após a aplicação e preserva o meio ambiente por abandonar o uso de solvente derivado do petróleo.
Para atender uma necessidade de mercado da Região Sul, entra em linha a tinta acrílica Brilho & Proteção, com acabamento semibrilho. "É o tipo de tinta preferido por moradores de áreas mais úmidas e frias, como o Sul do país, pois apresenta mais durabilidade para a fachada, por ter um filme protetor", diz Barreta.
Projeto
O anúncio dos novos produtos aconteceu durante a entrega da etapa do projeto "Tudo de cor para você" em Porto Alegre. O programa renovou a fachada de 75 casas da Rua João Alfredo, na Cidade Baixa, bairro boêmio e tradicional da capital gaúcha. O projeto já passou por outros locais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. No Paraná o projeto está sendo realizado em parceria com a prefeitura de Curitiba e com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), na revitalização da Rua Riachuelo, no Centro. "Até o fim deste ano, as casas que foram incluídas no programa deverão ter a pintura finalizada. Em Curitiba estendemos o projeto para a Rua São Francisco também", informa o coordenador do projeto, Marcelo Abreu.
A jornalista viajou a convite da AkzoNobel
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