Estilos diferentes para a madeira reaproveitada
Grande destaque da mostra, por ser durável, versátil e ecologicamente correta, as madeiras de demolição estão presentes em vários ambientes. Elas são maciças, reaproveitadas de obras derrubadas evitando o corte de novas árvores. Segundo profissionais, por permitirem ser trabalhadas de diversas formas, combinando com diferentes estilos, elas tornaram-se uma tendência na arquitetura e na decoração.
União de elementos tradicionais com arrojados. O que pode soar contraditório, é a grande característica da segunda edição parananense da Mostra Morar Mais por menos O Chique que Cabe no Bolso, que começou na última quinta-feira em Curitiba. Nos 43 ambientes projetados por 65 profissionais de decoração, arquitetura e paisagismo, destaque para as cores preta, branca e roxo, além dos tecidos e imagens nas paredes e espelhos. O tema inspirador desta edição é a arquitetura sustentável, que ressalta o uso de materiais alternativos que causam menos impacto ao meio ambiente, como a madeira de demolição (reaproveitada de obras derrubadas) e a de reflorestamento (alternativa para substituir madeiras nativas por crescerem mais rápido, facilitando o seu replantio).
Nós da madeiraAs madeiras de reflorestamento também são destaque na mostra. O piso da casa foi revestido com eucalipto. Nos móveis, o pinus é a atração. Um exemplo é o Estar de Boas Vindas (foto), projetado pelas arquitetas Cristiane Baltar Pereira, Grazielle Vieira e pela designer de interiores Raquel Monquelat. Nele a bancada do computador e os bancos pendurados nas laterais, produzidos pelo Núcleo de Design da UFPR, são feitos com os nós da madeira (que é uma parte mais dura e, por isso, rejeitada pela indústria). "Essa solução reduziu os custos e manteve a beleza do ambiente. Um banco destes custa em média R$ 80", diz Grazielle.
Cinema nos espelhosAs imagens tomam conta das paredes da casa. Com a técnica da plotagem (que é a impressão em grandes superfícies), elas aparecem em painéis, vidros e espelhos. Na foto, painéis de madeira plotados com cenas de filmes foram fixados com parafusos ao lado dos espelhos, no Apart Hotel da Executiva ambiente desenvolvido pela arquiteta Beth Egas. As imagens têm quase três metros de altura. "A plotagem é uma solução bonita e que pode ter um preço bem acessível dependendo do tamanho e das características do material usado", diz Beth.
O charme dos tecidosRevestir estruturas com tecidos. A idéia simples e barata também foi aplicada em vários ambientes da mostra. As arquitetas Tatielly Zammar e Maria Fernanda Lorusso utilizaram o elemento no Ponto de Encontro. "Optamos por cobrir o espaço com voal, que é o mesmo usado para fazer cortinas. Além de diminuir os custos queríamos acompanhar esta tendência da decoração", diz Tatielly. No ambiente são encontradas ainda peças que estão em alta, como os painéis de OSB (muito usado nos tapumes de construções) e o bambu nas luminárias e forro.
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Serviço: a mostra fica aberta até o dia 2 de dezembro. Está localizada na Avenida Presidente Getúlio Vargas, número 937, no Rebouças, entre as ruas Desembargador Westphalen e Alferes Poli. Funciona de terça a domingo, das 14 às 21 horas. Os ingressos custam R$ 15 (de terça à sexta), R$ 18 (sábados e domingos) e podem ser adquiridos no local. Estudantes e maiores de 60 anos pagam R$ 10. Informações: (41) 3779-9506.
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