Vitrines: preocupação estética
A mostra privilegia a decoração de duas vitrines uma próxima à rua e a outra dentro da loja. A externa é assinada pela arquiteta Joseane Althoff. As referências à moda podem ser vistas nas listras, nos pufes com fivelas e até em pequenas almofadas, que foram recriadas com novos recortes. As texturas são resultado do uso da seda e do linho. Outra tendência apresentada por Joseane são os espelhos.
Já a vitrine interna leva assinatura do designer Marcos Soares. Um dos destaques são as poltronas em fibra sintética (podem ser usadas em ambientes externos), do designer filipino Kenneth Cobonpue, que se destacam pelo volume e pelo uso da malaca uma parte do bambu. O profissional explora o uso de tons de verde e marrom, ressaltando a naturalidade do ambiente.
Externas - Áreas relaxantes
A 8.ª Mostra Artefacto/Aymoré Financiamentos também se destaca pelas áreas externas. O maior espaço da mostra, o Living de Ivan Wodzinsky, integra as partes interna e externa, gourmeteria, estar e refeições. Sustentabilidade, conforto e design são as características citadas pelo arquiteto para compor o espaço. Ele usou piso de madeira reaproveitada na parte externa, inclusive com uma fatia de uma imbuia que tombou, onde pode ser feito um agradável fogo de chão. Ao lado, sob uma pérgula, confortáveis espreguiçadeiras e uma inusitada banheira.
Na parte interna, algumas surpresas como a bancada da pia toda em vidro DiamondGuard, que permite a visão do jardim; a lareira dupla também em vidro; o sofá com profundidade de 1,40 metro "para sentar com os pés levantados", comenta; a base da mesa lateral que é trançada em malaca e a mesa de jantar com cadeiras com capa em linho. "Eu quis criar um ambiente com ar de casa de campo", explica Wodzinsky.
Outro espaço externo é o chamado Parador, projetado pelos arquitetos Leonardo Muller e Luize Andreazza Bussi. O ambiente ganhou um deque todo em madeira certificada que abriga sofás com regulagens em madeira e almofadões brancos. O espaço conta ainda com uma linha de mesas e cadeiras em aço anodizado e fibra sintética nas cores branca e a que está exposta, bronze mix (que lembra o verde). As espreguiçadeiras, em madeira, são reguláveis para proporcionar maior conforto.
Em 1.500 metros quadrados, 25 profissionais de arquitetura, decoração e paisagismo criaram livings, salas de estar, salas para a família, hall, lofts, quartos, banheiro, vitrines e ambientes externos para a 8ª Mostra Artefacto/Aymoré Financiamentos. Os espaços ficarão expostos até junho de 2010.
A coleção se caracteriza pelo uso de novos materiais, aliados ao "hand made (feito à mão)" tão valorizado pelos consumidores, comenta a gerente da Artefacto Curitiba, Ingrid Moskalewski. "São fibras, costuras especiais, aspectos que valorizam o produto como um todo", diz. O menor espaço tem cerca de 24 metros quadrados e o maior, mais de 100 metros quadrados. Ingrid avalia que neste ano os profissionais privilegiaram a sustentabilidade, usando materiais certificados e reciclados. "São projetos com estilos diversos e para usos diferenciados."
A nova coleção ressalta detalhes encontrados na moda "aplicável", mas sofisticada, como pespontos, trançados, recortes diferentes, fivelas, alças e texturas diversas, como o couro croco, o couro liso, o linho e a seda.
Total conforto
A parte central da loja abrigará o espaço do showroom, no qual poderão ser vistas as novidades da coleção, conta Ingrid. Ao lado desse espaço, encontra-se o ambiente assinado pela decoradora Ângela Russi. O Living Biblioteca é multifuncional, porque é ao mesmo tempo home theater, estar íntimo com lareira, biblioteca, home office e living, em total integração. Ângela usou materiais nobres, como o mármore e o travertino como revestimentos, além do linho e da camurça usados nos móveis. As chaises-longues em frente à lareira convidam ao relaxamento. Até mesmo as cortinas, confeccionadas com tecido da Artefacto, revelam características de vestimentas, como os suaves pespontos.
O Estar Lareira, criado pela decoradora Margit Soares, explora os pontos fortes da nova coleção, como as poltronas em linho com alças em couro croco e fivelas. Ao lado, o aparador ganha couro croco, alça em inox e detalhes em couro italiano. As mesas de centro em aço inox com tampo em cristal e base em cristal preto ficam em frente à lareira.
Outro item que remete ao conforto é o sofá com 1,30 metro de profundidade por 3,60 metros de comprimento. A sua espuma possui uma camada de penas de ganso, que dão uma textura firme, mas que acomoda o corpo. "As pessoas têm dado mais valor ao conforto em casa. Esse ambiente é para receber famílias de amigos", diz Margit. A poltrona em veludo belga Neblina compõe com a passadeira listrada usada com o tapete, uma tendência trazida pela decoradora da última feira de Milão. Margit diz que a dica é usar a passadeira colorida e o tapete liso ou vice-versa.
Integração
Além dos móveis da nova linha, os profissionais de arquitetura e decoração criaram alguns detalhes, como cortinas, tapetes e luminárias, como é o caso do arquiteto Jayme Bernardo. No espaço multifuncional Family Room, um dos destaques é a luminária com três metros de diâmetro, envolta em veludo e com o "miolo" feito de organza, tecido da Artefacto. Essa luminária fica sobre uma mesa que merece destaque, a Rulhmann, porque nela são ressaltados os veios e as cores da madeira, resultado conseguido com jatos de ar que rebaixam certas partes da peça.
Os lofts também marcaram presença. Um deles foi assinado arquiteto Jorge Elmor. Com integração total entre living, quarto e refeição, o espaço se sobressai pelo pé-direito alto, que deixa o duto de ar aparente e ganha um ar mais moderno. Um dos objetos de desejo é a poltrona em couro para duas pessoas. As estantes, que podem acomodar livros e objetos de decoração, têm divisão em acrílico que acrescentam maior leveza ao móvel.
No Living Cosmopolita, projetado pelos arquitetos Sérgio Valliatti e Luciana Patrão, a opção foi pelo uso de madeira escura, com tingimento castanho, em contraponto ao mobiliário branco. Valliatti comenta que a lareira revesrtida de espelho e aço divide o ambiente visualmente: de um lado, um apoio para escritório com tevê e escrivaninha e de outro, um móvel bar. "Esse espaço pode ser ocupado de três formas: como um grande ambiente ou apenas o home office ou apenas o bar."
Contemporâneo
A arquiteta Priscilla Muller, que assina o Lounge, focou no relaxamento e lazer que esse espaço pode proporcionar. O sofá com capa em linho ganhou muitas almofadas. A poltrona, do designer Kenneth Cobonpue, é de ferro revestida com fibra natural retorcida. Segundo Priscilla, essa poltrona induz a pessoa a sentar de forma mais relaxada. A arquiteta usou estantes para sugerir adegas. "Gosto de brincar com módulos, tirar partido de uma coisa pronta." Priscilla ressalta o uso das caixas-baús em couro e com rodízios. Práticas, elas permitem composição com diversas cores da caixa e da alça.
Um home cinema. Essa foi a proposta do arquiteto Luiz Maganhoto e do designer Daniel Casagrande, que deram outra leitura para os pufes retangulares Barcelona, usados com mesas de apoio. Os sofás são pretos, com chaise. Os detalhes do couro croco nas almofadas em seda e a poltrona New Wolf em seda prata se sobressaem. Outros destaques, aponta Casagrande, são o papel de parede que parece uma camurça e o revestimento em linho bordô, ambos termoacústicos.
O arquiteto Paulo Tabajara criou o Quarto de Casal Contemporâneo, composto de estar e home offices para ele e para ela. As escrivaninhas foram usadas duas têm 1,10 metro por 70 centímetros cada e são feitas de couro macio. A cabeceira da cama, em botonê de seda preta, se destaca com o tecido em floral azul aplicado na parede.
A Sala Narciso, do arquiteto Luis Eduardo S. Thiago, é um espaço mais inusitado. Repleto de espelhos, o ambiente conta com um sofá modulável Austral que abraça todo o ambiente. Duas mesas revestidas em espelho com bisotê leve parecem que flutuam, porque seus pés em madeira não aparecem. O profissional usou diversos tipos de plásticos para criar esculturas que decoram a sala.
Serviço:
8ª Mostra Artefacto Curitiba/Aymoré Financiamentos. Rua Comendador Araújo, 672, Batel - Curitiba. Até junho de 2010. Visitação de segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 19 horas e aos sábados, das 10 às 14 horas. Entrada gratuita.
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