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Impermeabilizantes são a melhor solução para prevenir problemas na laje. Os mais utilizados são as mantas asfálticas e as membranas moldadas in loco. Conheça os detalhes:
Mantas asfálticas: indicadas para estruturas sujeitas a movimentação e fissuras com dimensões superiores a 50 m². São classificadas em quatro categorias de desempenho, conforme as características de tração, alongamento, flexibilidade e espessura, que vai de 3 mm a 4 mm, pela norma técnica NBR-9952. Com relação a acabamentos, também possuem variações conforme o tipo de aplicação (maçarico ou asfalto quente) e a exposição ao sol e à chuva.
Membranas moldadas in loco: indicadas para espaços menores ou de acesso mais difícil, como áreas molháveis e pequenas lajes, onde o uso de mantas asfálticas é contraindicado.
Asfalto moldado a quente: entre as membranas moldadas no local, é um dos produtos mais tradicionais no Brasil. Consistem da moldagem de uma membrana impermeabilizante por meio de sucessivas demãos de asfalto derretido intercaladas com telas ou mantas estruturantes.
Aplicação: deve ser feita por mão de obra especializada. Economizar na aplicação de produtos impermeabilizantes é um erro. Um dos maiores cuidados é no encontro entre lajes e paredes, onde a manta asfáltica ou a membrana moldada in loco deve ser aplicada também na vertical, até atingir 30 cm de altura.
Fonte: Integra Arquitetura Priscila Viana e Isabela Rosseto. Tel (41) 3085 5565.
O final da primavera e o início do verão trazem, além de temperaturas mais altas, chuvas fortes e temporais. Nessa época, muita gente descobre que está com telhas quebradas em casa ou outros problemas que causam infiltrações e alagamentos. A atitude correta é revisar o telhado antes dos aguaceiros para evitar transtornos, explicam as arquitetas Isabela Rosseto e Priscila Viana. "Muitas vezes, a limpeza periódica das calhas já resolve a situação", explica Priscila. Quando o problema se agrava, é preciso recorrer à orientação de profissionais.
De acordo com Isabela, entupimento de calhas é uma situação comum, porque os vendavais causam acúmulo de sujeira, como folhas e galhos. Estrutura do telhado, rufos e lajes podem apresentar outras falhas.
A arquiteta explica que, quando se trata de telhas quebradas, rachadas ou fissuradas, o conserto não é complicado. "Mas deve ser feito por mão de obra especializada, pois o encaixe exige cuidados para cada tipo de material: cerâmica, fibrocimento, concreto, metálica ou outras", assinala.
As telhas de fibrocimento são as mais baratas, lembra Priscila Viana, mas são mais frágeis e precisam ser substituídas com maior frequência. A inclinação da cobertura deve ser observada. "Cada tipo de telha tem especificações mínimas de inclinação que devem ser respeitadas", comenta Priscila.
Estrutura
Muitas vezes, o problema está na estrutura do telhado, que pode estar fora de alinhamento. Neste caso, a troca de telhas não é suficiente. "Quando o morador percebe que as telhas quebram frequentemente e sempre no mesmo local, é preciso revisar a estrutura", aponta Isabela. Um profissional qualificado pode identificar os pontos onde há deformações e verificar se a estrutura poderá ser refeita parcialmente ou se precisa ser trocada.
Estruturas de madeira devem ser trocadas a cada 25 anos, pois sofrem com agentes externos como calor, umidade e infestação por cupins.
Na obra
"Muitos transtornos podem ser evitados quando se tomam cuidados durante a execução da construção ou da reforma", diz Priscila. As calhas devem ser dimensionadas de acordo com a área e a inclinação do telhado. Em construções próximas de árvores, é importante instalar grelhas protetoras, e a fixação das calhas deve ser feita com produtos de qualidade. Limpeza e manutenção devem ser constantes, principalmente após fortes chuvas e ventanias.
Para complementar os cuidados na cobertura, pode-se colocar uma manta entre o madeiramento e as telhas. Quando bem instalada, ganha a função de impermeabilizante, apesar de servir principalmente como isolante térmico, indicam as arquitetas.