![Novas construções mudam a paisagem da Linha Verde | Fotos: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/07/4c632aa5c2f299e35b8b155a8d037198-gpLarge.jpg)
Em obras
Processo de revitalização está em andamento
A única obra de infraestrutura que permanece em andamento na Linha Verde, segundo a Prefeitura de Curitiba, é o trecho entre o Jardim Botânico e o viaduto da Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã. Ele está com 95% das obras concluídas, restando o alargamento do viaduto sob a Avenida Presidente Affonso Camargo. No eixo sul, o trecho entre o Jardim Botânico e o Pinheirinho já foi concluído, assim como o compreendido entre as ruas Cid Marcondes de Albuquerque e Izaac Ferreira da Cruz, entregue em maio.
As obras de dois trechos no norte, entre o Viaduto do Tarumã e o bairro Atuba, e no sul, entre a Rua Isaac Ferreira da Cruz e o Contorno Sul, foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
O anúncio da construção do Jockey Plaza Shopping no bairro Tarumã que promete ser o maior de Curitiba , é um exemplo das transformações que o processo de urbanização da Linha Verde está trazendo para os 22 bairros que integram o trecho. "A mudança já começou, mas é um processo que demanda tempo para se concretizar", diz Luciano Tomazini, vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).
Juntamente com as obras de revitalização realizadas pela Prefeitura de Curitiba, as construções em andamento e os condomínios residenciais já entregues estão modificando o cenário da região, dividindo espaço com empresas e barracões de atacados.
A mudança do zoneamento da região permitiu a verticalização dos espaços e fez com que as construtoras e incorporadoras apostassem na Linha Verde. "Nós acreditamos muito no projeto apresentado pela prefeitura, e hoje vemos que foi uma decisão acertada", afirma Felipe Sebben, gerente regional da PDG em Curitiba. A construtora tem três empreendimentos em comercialização na Linha Verde, dois localizados no trecho sul e um no trecho norte. Outra construtora que vislumbrou o potencial da região foi a MRV Engenharia. Segundo Marcelo Alisson Mendes, gestor executivo de vendas da regional Sul, a empresa já entregou quatro empreendimentos no entorno da Linha Verde e está com dois lançamentos, um no trecho norte e outro no sul. "O retorno do investimento foi tão positivo que já estamos iniciando o segundo ciclo de obras na região", destaca.
Serviços
A oferta de comércio e serviços também está recebendo investimentos para atender as necessidades de consumo dos novos moradores, principalmente no trecho sul. Grandes redes varejistas, como Condor e Muffato, já se instalaram por lá, e empresas menores também começam a nascer de olho nesse público.
A Academia Gigafit, inaugurada há nove meses pelo empresário Guilherme Gonçalves, é um exemplo. Localizada na Rua Nicola Pellanda, às margens da Linha Verde, o negócio foi todo pensado da estrutura física aos equipamentos para atender de forma confortável os futuros clientes. "Moro na região e sentia falta de uma academia mais estruturada. Antes de abrir, fiz uma análise e percebi que teria cerca de quatro condomínios próximos à academia. Minha expectativa é de que o número de alunos aumente 30% com a chegada dos novos moradores", diz.
O comércio que já funcionava na região também está sendo impactado pela urbanização do trecho. José Juarez Alves da Silva, sócio da Vidraçaria Pinheirinho, conta que as obras executadas no entorno já trouxeram novos negócios. "Trabalhamos bastante com box e espelhos, com artefatos de vidro para a decoração dos ambientes, o que fez com que os proprietários dos imóveis procurassem os nossos serviços", diz.
Integração
Novo conceito da região une bairros separados pela antiga rodovia
A retirada do fluxo pesado de veículos, que tirou a "cara" de rodovia do trecho que compõe a Linha Verde, é apontada como um fator de estímulo ao desenvolvimento da região. Segundo Marcelo Alisson Mendes, gestor executivo de vendas da regional Sul da MRV, e Felipe Sebben, gerente regional da PDG em Curitiba, a antiga BR-116 dividia Curitiba em duas grandes áreas, o que acabava desvalorizando os bairros localizados fora da região central. "O sentimento dos clientes era de que antes havia uma separação geográfica, que foi eliminada com a transformação do trecho na Linha Verde, unindo os dois lados que a BR separava", diz Mendes. Aliada às obras de revitalização, essa valorização fez com que alguns proprietários elevassem o preço dos terrenos na região aumento confirmado por Mendes e Sebben, para quem a alta do custo chega, inclusive, a inviabilizar alguns empreendimentos.
Um fato que dispensa discussão, entretanto, é o potencial de desenvolvimento que a região ainda tem a oferecer, com a chegada de novos shoppings, no Atuba e no Pinheirinho, e empreendimentos imobiliários. "Acreditamos muito na Linha Verde Norte, onde ainda há bons terrenos para incorporação, porque lá a urbanização ainda não é uma realidade", aposta Sebben.
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