O dinheiro que o governo injetou na construção civil deixou o setor animado, mas há empresas que ainda querem mais. No primeiro trimestre de 2006, a Construtora Thá passou a operar com três novas modalidades de financiamentos e parcerias para viabilizar seus empreendimentos. Entre as alternativas, estão a emissão de Cédulas de Crédito Bancário, a criação de carteiras hipotecárias e de fundos específicos para uma obra.
De acordo com Sandro Westphal, diretor financeiro da Thá, as novas operações criam alternativas para a produção imobiliária por meio de estruturas diversificadas. Além disso, alguns dos instrumentos utilizados, como a alienação fiduciária e os seguros de performance, ainda apresentam a vantagem de proporcionar mais transparência do negócio para o agente financeiro ou o sócio-investidor.
Westphal afirma que estas operações apresentam-se como opção viável aos instrumentos tradicionais de fomento para produção imobiliária, como o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que restringem a fase de liberação de recursos a um estágio mínimo de vendas e construção. "As operações desenvolvidas pela construtora permitem que as obras aconteçam em ritmo mais acelerado", afirma.
Uma destas alternativas de financiamento foi firmada junto a uma das maiores Companhias Hipotecárias do Brasil, a Brazilian Mortgates. Segundo Westphal, o principal diferencial deste modelo está na "aplicabilidade" dos recursos, que acompanha o andamento da construção do empreendimento, no caso, o edifício Mont Vert. "Nesta modalidade, os recursos são liberados conforme medição de obra, o que representa maior segurança ao agente financiador e maior velocidade de obra para o empreendimento sem implicar na necessidade de aporte de recursos próprios ou de outras fontes que não as próprias vendas."
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