Quando o assunto é manter a casa aquecida no inverno, novas soluções de calefação vêm ganhando destaque em relação ao tradicional sistema de serpentinas elétricas. Entre eles, há de sistemas novos de aquecimento de piso, como o hidráulico, aos calefatores que utilizam resíduos da indústria da madeira para proporcionar calor ao ambiente.
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Muito comum na Europa e nos Estados Unidos, o sistema de calefação hidráulica ainda é pouco utilizado no Brasil, mesmo sendo ideal para cidades que contam com invernos mais rigorosos, como é o caso de Curitiba.
Acabamento
Todos os sistemas de aquecimento de piso radiante permitem a utilização de qualquer tipo de revestimento. Quando o acabamento será feito em madeira, Callera orienta que antes da instalação das peças é preciso equilibrar a umidade delas com a dos ambientes.
Para isso, basta espalhar as peças no cômodo e manter o piso horas funcionando, horas desligado durante cerca de uma semana. Esta medida impede que as tábuas “encanoem”, ou seja, entortem.
Assim como o elétrico, o modelo hidráulico funciona a partir da radiação do calor pelo piso dos ambientes. A diferença é que, em vez de serpentinas elétricas, o sistema utiliza tubos flexíveis (chamados de Pex) por onde circula água quente.
“A água é aquecida em uma caldeira mural, que funciona a gás. Ela é muito parecida com o aquecedor de passagem, a diferença é que trabalha com um circuito fechado de água”, explica Cleverson Aislan Callera, gerente de vendas técnicas da Astra S.A, que fornece o sistema para a Heime Climatização e Automação, em Curitiba.
Outra característica do modelo hidráulico é o fato de ele ser mais recomendado para aquecer o imóvel como um todo, ao contrário do que ocorre no sistema elétrico, mais indicado para o aquecimento individualizado dos cômodos, como lembra Igor Kaufeld, sócio-proprietário da Heime.
Serviço
Heime Climatização e Automação: (41) 3045-3323 | www.heime.com.br
Pellet Brasil: (41) 3019-9466 | www.pelletbrasil.com.br
Prazo
A instalação do sistema é feita entre dez e quinze dias, mas exige uma reforma de grande porte, o que faz com que seja indicado para residenciais novas, nas quais tenha sido pensado desde o projeto.
Callera explica que isso ocorre porque o contrapiso que conta com o sistema fica com uma altura média de 10 cm, o que pode fazer com que se perca pé-direito nos ambientes já construídos. “Para instalar o sistema, temos que fazer o isolamento do piso com EPS (isopor de alta densidade), colocar a serpentina de tubo Pex sobre ele e, acima dela, distribuir a capa de concreto, que irá irradiar o calor”, descreve.
Ainda segundo o gerente, o sistema hidráulico é indicado para imóveis maiores, a partir de 300 m², nos quais o custo para a instalação do sistema (a partir de R$ 400 por m²) se paga durante o uso no longo prazo. O modelo elétrico tradicional custa R$ 180/m², em média.
Manta calefatora
Para imóveis novos, já construídos, a manta calefatora é o sistema de aquecimento de piso mais recomendado. Mais fina do que os modelos hidráulico ou que utiliza serpentinas elétricas, ela é instalada diretamente na argamassa usada para fixar o revestimento, não interferindo na altura do contrapiso, como explica Kaufeld.
Em formato de tela, o sistema tem instalação rápida – de até 200 m² por dia – e custo médio de cerca de R$ 250/m², de acordo com a potência necessária. O modelo funciona com energia elétrica e permite o controle de temperatura em cada cômodo, podendo ser instalado em apenas um ou em todos os ambientes.
Calefação que dispensa reforma
Para quem já mora no imóvel ou não pensa em fazer uma reforma para instalar um sistema de aquecimento, o calefator que utiliza pellets como combustível é uma das alternativas para manter a casa aquecida.
Com funcionamento similar ao de uma lareira, o equipamento gera calor a partir da queima dos pellets, que são pequenos cilindros formados por serragem de madeira comprimida. A diferença entre o método tradicional de queima de lenha está na tecnologia do equipamento que, além de poder ser programado, promove a troca e a circulação do ar pelos ambientes, sendo capaz de aquecer todo o imóvel.
“Esta é uma tecnologia europeia ainda pouco conhecida no Brasil. Funcionando com fogo verdadeiro, o equipamento aspira o ar frio e devolve o ar quente para o ambiente, aquecendo-o”, explica David Rizzon, diretor da Pellet Brasil, loja da fábrica italiana que comercializa o equipamento em Curitiba.
Segundo ele, o baixo custo de utilização do equipamento, que parte dos R$ 0,20 por hora, de acordo com a exigência energética do ambiente, é um dos atrativos do sistema, que ainda contribui para eliminar o mofo e o mau cheiro decorrente da umidade.
Pesando entre 100 Kg e 130 Kg, o calefator é fixo e costuma ser apoiado no chão ou embutido na lareira ou em outra estrutura feita para este fim.
A queima do pellet não gera cheiro nem fumaça, mas demanda um sistema de exaustão para que os gases resultantes dela sejam eliminados. “Nos apartamentos, é comum embutí-lo nos dutos da churrasqueira ou da lareira. Nas casas, fazer um buraco de 8 cm de diâmetro na parede para instalar o duto é suficiente”, explica Rizzon.
Um calefator com capacidade para manter a temperatura de uma casa de 60 m² a 20°C custa cerca de R$ 7,3 mil.
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