Decoração
Toque de sofisticação
Com o recurso do gesso, dos móveis e um bom planejamento é possível esconder todos os cabos dos equipamentos eletrônicos e da instalação da automação residencial, não interferindo na decoração da casa, seja qual for o estilo.
No caso do projeto de interiores de uma casa nas proximidades do Parque Barigui, o arquiteto Eduardo Mourão tirou proveito da tecnologia da Euro Aúdio, empresa de automação de Curitiba, para deixar os ambientes ainda mais sofisticados. "A instalação foi feita durante a construção da casa e foi planejada com tanto cuidado quanto a decoração, feita de objetos bem selecionados". Na sala de cerca de 50 metros quadrados, a decoração em tons de cinza e bege abriga a um home theater. O aparelho de projeção, branco, fica praticamente escondido em meio ao teto de gesso de mesma cor.
Ar-condicionado acionado na temperatura certa e persianas que se movimentam ao toque de uma única tecla. Há algum tempo isso era coisa apenas de hotel ou imóvel de luxo, mas hoje é encontrada em alguns empreendimentos de médio/alto padrão à venda em Curitiba, graças a empresas de automação residencial que têm apostado no desenvolvimento e fabricação de tecnologias próprias, e também firmado parcerias com construtoras e incorporadoras para deixar as facilidades tecnológicas mais acessíveis.A partir de R$ 4 mil é possível fazer a automação de um ambiente da casa, como o home theater, com iluminação cênica (combinações de luzez pré-programadas), abertura elétrica de persianas e controle do ar-condicionado. A estimativa é de Carlos Virmond, diretor comercial da Domótica Automação de Ambientes, empresa com escritórios em Curitiba e São Paulo que desenvolveu um sistema de tecnologia sem fio próprio.Basicamente, as empresas de automação instalam os sistemas por cabeamento ou uma tecnologia sem fio. No caso da Domótica, a rádio-frequência foi a forma escolhida para o desenvolvimento do sistema My Way. "Ele é o primeiro por rádio-frequência desenvolvido e fabricado no Brasil. É ideal para imóveis prontos, porque evita o quebra-quebra para passagem de fios", explica Virmond. Foi por esse sistema que o médico Roger Setogutti e sua esposa, Silvia, optaram, após fazer quatro orçamentos com propostas e custos bem diferentes. "Como a minha casa (no condomínio Grand Garden, no Ecoville) está em construção até poderia ter optado por um sistema cabeado, mas esse foi o que demonstrou ter o melhor custo-benefício para mim, pelos itens que queira. Pelo o que vi, o fato de ser uma tecnologia nacional reduz o preço e também melhora a questão do atendimento e da assistência técnica, que ficam mais rápidos e não têm entraves como uma greve na Receita Federal, por exemplo". Setogutti conta que a vontade de ter alguns itens automatizados em casa veio de experiências prévias em hotéis e apartamentos decorados agora praxe em todo empreendimento à venda que tiravam proveito da tecnologia para mimar o cliente. O ambiente da casa escolhido pelo médico para ser automatizado foi a sala, com iluminação, climatização, persianas e todo o sistema de áudio e vídeo.Não à toa o home theater tem sido um dos principais ambientes automatizados nas residências. "É possível armazenar em um servidor de mídia todos os seus filmes e músicas preferidas. Por meio de um único teclado, puxa-se o que quer ouvir e assistir e também escolhe-se o cenário para isso, com os ajustes de temperatura e iluminação pré-programados", descreve Virmond. Se outros ambientes da casa forem automatizados e estiverem interligados é possível fazer isso de qualquer cômodo, sem que seja preciso mudar equipamentos, como televisão e DVD player, de lugar.Na parte de segurança, o sistema de câmeras e alarmes pode ser controlado pela internet, o que possibilita que tudo seja feito a partir de um celular. "Durante uma viagem, além de ser avisado caso algo aconteça, o morador pode programar e/ou acionar luzes e aparelhos eletroeletrônicos à distância, simulando que está em casa", diz Virmond.
Cabeamento inteligente
A iHouse, empresa com sede em São Paulo, mas atuante em todas as regiões do país, inclusive Curitiba, pretende lançar ainda neste primeiro semestre um sistema sem fio próprio. Até lá continua trabalhando com um por cabeamento, mas que exige menos mão de obra do que outros modelos importados, porque se divide em placas para cada ambiente, ligadas entre si por um cabo fino, que não exige mudanças físicas severas no imóvel. "O sistema é bem diferente daqueles usados no exterior, em que tudo é comandado por uma grande central", explica Leonardo Senna, diretor da empresa.
O sistema da iHouse tem custo de instalação entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, considerado acessível para imóveis de médio padrão construções entre 120 e 170 metros quadrados, com custo entre R$ 3 mil e R$ 5 mil o metro quadrado. "O pacote básico inclui uma fechadura de leitura biométrica, o Touchdoor, e uma placa Smartcontrol, que tem quatro circuitos independentes e é suficiente para cobrir bem um ambiente, com dimerização (regulagem de intensidade) da iluminação, controle do ar-condicionado e das persianas", diz Senna.
Imóvel novo e automatizado
Na tentativa de baratear ainda mais a automação residencial e de oferecer a tecnologia para um maior número de pessoas, as empresas do setor têm firmado parcerias com construtoras e incorporadoras.
Em Curitiba, as unidades do condomínio residencial Grand Palais, da construtora San Remo, que foi entregue no mês passado, vêm preparados, pela Domótica, para dispositivos como automação de iluminação e persianas no hall, estar social e sala de jantar e Função Boa Noite (desligamento de todas as luzes do apartamento, com exceção da suíte master, por um único botão). Localizado em um endereço nobre na Rua Bruno Filgueira, 1.292 (quase esquina com Carlos de Carvalho), no Batel o Grand Palais tem ainda 12 unidades à venda, pelo preço inicial de R$ 600 mil.
No Neu Haus, primeira obra da Neubau Incorporações em Curitiba, alguns itens são oferecidos "de série". Os apartamentos que foram lançados no primeiro semestre do ano passado e ficarão prontos em setembro de 2010 terão uma fechadura de leitura biométrica (pela digital do morador) na entrada e o funcionamento elétrico das venezianas dos quartos. "As unidades vêm preparadas para receber outros dispositivos ao gosto do cliente", diz o sócio-diretor da Neubau, Jaime Cesar Nissel Filho.
A obra tem outros atrativos construtivos, como pré-aquecimento da água por energia solar e janelas de vidro duplo e paredes de dry-wall que ajudam a diminuir a entrada do ruído externo nas unidades. "Adoro o bairro Água Verde, mas a via rápida (que liga o bairro Portão ao Água Verde) realmente é bastante barulhenta. As opções de automação não foram decisivas na compra, mas complementaram o conforto do apartamento", diz o médico Aníbal Wood Branco, de 35 anos, que comprou uma unidade duplex do Neu Haus. O condomínio ainda tem seis unidades à venda, a partir de R$ 381,9 mil.
A diretora de marketing do Grupo LN, Mariane Caponi, empresa responsável pela construção do condomínio Grand Garden, no Ecoville, comenta que a oferta da automação residencial é decidida mais pelo perfil do empreendimento e de seus compradores do que apenas pelo padrão ou renda dos clientes. "As pessoas de perfil mais jovem tende a investir mais em tecnologia, mesmo ganhando menos do que casais mais maduros, por exemplo". Ela diz que, a não ser em casos que um pacote básico é negociado, o papel da construtora tem sido deixar o imóvel preparado para ser automatizado, com previsão para instalar todo o cabeamento.
No caso do mais novo lançamento da LN, o Sky, condomínio com apartamentos de um e dois quartos que será construído no Champagnat (esquina da Rua Ângelo Sampaio com a Martin Afonso), a automação será favorecida pela integração dos ambientes. As 228 unidades, já com reserva e previsão de lançamento oficial no fim deste mês, virão preparadas para receber a automação.
Economia de energia
Um novo produto da iHouse tem sido a estrela da negociação da empresa com incorporadoras e construtoras. O Snapgrid é um dispositivo que, instalado junto com o quadro de disjuntores da residência, informa ao morador sobre o gasto de energia elétrica. "O aparelho informa em reais o quanto cada parte da casa, como o refrigerador ou o chuveiro elétrico, estão gastando. Com isso, fica fácil controlar o consumo e economizar. Negociado em grandes volumes e instalado durante a construção o Snapgrid tem o seu custo diluído na obra", diz Senna. Não há contrato fechado em Curitiba ainda.
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