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Características

Investidores buscam imóveis comerciais

Mais de 20% dos entrevistados pela pesquisa de intenção de compra realizada pela Ademi-PR e o Sinduscon-PR desejam adquirir um imóvel para investimento. Deste número, 4% têm preferência por imóveis comerciais. Aqui, as salas comerciais são as preferidas, com 54% da intenção dos investidores. O preço dos imóveis comerciais também está dentro do que o consumidor pretende investir para moradia, com 49% das intenções de compra concentradas nas unidades de até R$ 250 mil. Propriedades entre R$ 250 mil e R$ 400 mil representam 25%, enquanto os espaços entre R$ 400 mil e R$ 600 mil somam 20% dos desejos de aquisição.

As características dos imóveis, por sua vez, correspondem aos relacionados às unidades residenciais, com preferência por dois banheiros e duas vagas de garagem. As opções de lazer, bastante valorizadas pelos novos empreendimentos, não são tão decisivas para os consumidores. Entre elas, as mais bem avaliadas são o salão de festa, churrasqueira externa, academia e paisagismo. "Precisamos mudar e adequar os produtos para responder ao desejo do consumidor. A grande função da pesquisa é mostrar ao mercado que é necessária esta mudança. Acredito que as empresas estão atentas às mudanças do perfil do consumidor", avalia Gustavo Selig, presidente da Ademi-PR.

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Três dormitórios, dois banheiros e duas vagas de garagem com R$ 15 mil de entrada e parcelas de até R$ 1 mil. Este é o perfil de imóvel desejado por 24% dos curitibanos que pretendem adquirir um bem nos próximos três anos. Ainda que fora da realidade do mercado, os dados apresentam um panorama da demanda imobiliária da cidade, levantada pela pesquisa de intenção de compra realizada pela Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).

INFOGRÁFICO: Confira as intenções de investimentos para sair do aluguel

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Oitenta e sete porcento dos 1,8 mil consultados pelo estudo dizem ter em vista um imóvel residencial, sendo que para 25% deles a compra vai tirá-los do aluguel. Os que pensam na aquisição como investimento somam 22%. Para outros 26%, o negócio será para trocar de casa, por uma maior ou mais nova. "As informações são balizadoras para que possamos idealizar o produto dentro da faixa de compra e de demanda", diz Ubiraita Antonio Dresch, sócio da Sensata Construtora e da Estilo Empreendimentos Imobiliários.

O consultor do Sinduscon-PR, Marcos Kahtalian, salienta que a intenção não reflete a compra efetiva, que é maior nas edificações verticais. Isso ocorre por causa do ajuste entre o que o consumidor deseja e o que pode comprar de fato, principalmente quanto ao orçamento familiar. "O mercado de revenda exige entradas maiores, enquanto na incorporação o financiamento é mais facilitado. Isso interfere bastante na decisão de compra", explica.

O levantamento dá exemplo da diferença entre o desejo e a compra. Os imóveis de rua – casas e sobrados – estão nos planos de 40% dos entrevistados, contra 32% dos que buscam apartamentos. Sobrados, casas e terrenos em condomínios fechados somam 10%.

Perfil do imóvel

Mais da metade dos curitibanos busca imóveis de até R$ 250 mil, sendo que 22% deles desejam adquirir uma unidade enquadrada nos valores do programa Minha Casa, Minha Vida. "Este é um mercado que, infelizmente, não está sendo atendido. Não existem terrenos disponíveis com custo acessível em Curitiba para a incorporações deste perfil. Então, essa demanda importante acaba indo para a região metropolitana", afirma Kahtalian.

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Entre os fatores que interferem na decisão de compra, o bairro onde está localizada a propriedade é o item mais significativo. Outro ponto destacado pelo estudo é a atenção dada à segurança, seja do bairro ou do imóvel, que teve peso maior do que o tamanho da casa e a existência de comércios e serviços na vizinhança.