As formas de trabalho mudam e, com elas, as maneiras de criar móveis para escritórios. Se antes o mobiliário se adequava às dimensões da máquina de escrever e à antiga maneira de distribuição das mesas, conforme a hierarquia da empresa, hoje a maior preocupação está em proporcionar ao funcionário um ambiente de trabalho agradável e funcional. O resultado, segundo especialistas, está na produtividade.
"O móvel residencial segue modismos. No geral, não há compromisso com as normas técnicas. Já o corporativo precisa ser inteligente e ter um bom custo/benefício para as empresas. Sabemos que um funcionário pode render de 20 a 30% mais quando trabalha com um mobiliário adequado", afirma Mauro Barros, arquiteto e designer da Tecnoflex, loja especializada em móveis para escritório. Dentro das necessidades do dia-a-dia, a adequação pode ser extremamente simples se os funcionários ficarem atentos à correta postura diante de um computador e também ao uso completo dos móveis fornecidos pela empresa.
Segundo Ronaldo Duschenes, designer e proprietário da loja Flexiv, também especializada no ramo, uma das principais questões é referente ao uso do teclado. "A máquina de escrever não criava dor (como as lesões por esforço repetitivo) porque o próprio peso, gerado pelo movimento do sobe e desce dos braços para digitar, auxiliava os dedos a baterem nas teclas. Hoje, nos computadores, este movimento não existe mais. No teclado, o que se mexe são apenas os dedos e esta tensão diária acaba causando lesões", afirma.
Para solucionar este problema, Duschenes aconselha o uso de um tampo maior para acomodar o teclado de modo que os cotovelos fiquem apoiados na mesa, auxiliando na digitação e amenizando o esforço para digitar. Também é importante prestar atenção na altura do tampo da mesa. "Não deve ficar muito alto porque comprime os ombros (ficam mais próximos da orelha), o que pode gerar problemas na coluna. E também não deve ficar muito baixo porque a coluna tende a se inclinar. O ideal é que com a coluna ereta o usuário consiga apoiar os cotovelos na mesa, sempre deixando os ombros confortáveis. No mercado já existem mesas com a regulagem elétrica de altura", diz Duschenes.
O ajuste da cadeira também deve ser levado em conta. "O maior problema, ainda hoje, está na usabilidade dos móveis com este recurso. As pessoas vêem um monte de botões mas não sabem para que eles servem", explica Duschenes. Sentado, as pernas devem ficar em um ângulo quase de 90 graus com o joelho, sendo que a planta do pé deve estar apoiada no piso. "Para quem tem a coxa da perna um pouco maior, também é importante inclinar levemente o assento para frente. Esta opção evita que as bordas da cadeira machuquem a perna", diz.
Fontes: ABNT, Fundacentro (centro de estudos e consulta sobre ergonomia e segurança no trabalho), arquiteto Fábio Rocha, designer Ronaldo Duschenes e arquiteto e designer Mauro Barros.
Serviço: arquiteta Yvone Miyamura (41) 3352-3784. Flexiv (41) 3322-9006. Funcional Móveis (41) 3033-7040. Flexform (11) 6431-5522 e (41) 3225 6426. Tecnoflex (41) 3332-8200. Site da ABNT (www.abnt.org.br).
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