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Em um ano considerado como o melhor das últimas duas décadas para o setor da habitação, mais uma boa notícia: a construção residencial está puxando os indicadores de investimento no país. A análise do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2006 e dos empréstimos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) mostram ainda que as cartas estão na mão dos mais ricos e dos mais pobres.

Segundo o economista Sérgio Vale, da MB Associados, a maior parte do crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – item do cálculo do PIB que determina a taxa de investimento – no primeiro trimestre foi alavancada pelo segmento residencial. A análise foi feita levando em conta que, para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 60% da FBCF são compostos pela construção. Como não houve crescimento significativo na construção de fábricas ou em infra-estrutura, diz Vale, são as residências que dão o impulso para o PIB brasileiro.

O economista avalia que, na construção residencial, os investimentos estão ocorrendo especialmente em reformas ou em empreendimentos para a classe alta. "A classe alta continua comprando (imóveis), a classe baixa faz reformas e a classe média está parada", diz. Os dados nacionais do Sindicato da Indústria da Construção do Rio (Sinduscon-Rio) confirmam que a construção residencial está em bom ano, e também que o crescimento se concentra especialmente em reformas ou compra de imóveis usados, sem grandes avanços em novos empreendimentos.

O presidente da entidade, Roberto Kauffmann, afirma que as aplicações do FGTS em atendimento habitacional (imóveis usados e material de construção) totalizaram R$ 2,34 bilhões no acumulado de janeiro ao início de julho. Em todo o ano de 2005, essas aplicações não ultrapassaram R$ 3 bilhões. Este ano, a expectativa é de que passe dos R$ 4 bilhões.

No caso das aplicações do FGTS para produção de imóveis novos, entretanto, o acumulado até julho foi de R$ 1,53 bilhão, enquanto em todo o ano de 2005, foram aplicados R$ 2,5 bilhões. Ou seja, a probabilidade, segundo Kauffmann, é de que no caso dos imóveis novos o resultado da construção neste ano não seja muito diferente do ano passado.

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