Apesar de o fantasma da crise ter amedrontado muitos empresários, 2009 tem sido um ano positivo para o setor imobiliário. É o que diz Michel Galiano, superintendente da Apolar Imóveis, uma das maiores redes de franquias imobiliárias do Brasil. Neste ano, a empresa completa 40 anos de atuação no mercado com 59 franquias espalhadas pelo Paraná e Santa Catarina. Em entrevista à Gazeta do Povo, Galiano se mostrou otimista quanto às previsões para 2010 e ainda destacou o equilíbrio entre oferta e demanda como uma das chaves do bom momento do setor de imóveis. Como o senhor avalia os 40 anos da Apolar e quais são os planos para o futuro?
Ganhamos cinco vezes o Prêmio Top of Mind Universitário e por quatro anos consecutivos também o Prêmio Top of Mind. Além disso, temos um ótimo retorno de novos colaboradores e fico satisfeito em ver que já temos funcionários que são a segunda geração da família trabalhando conosco. Quanto ao futuro, temos duas metas principais: gerar ainda mais empregos e mostrar que as imobiliárias são empresas confiáveis. Além disso, a meta é sempre possibilitar que nossos clientes comprem ou aluguem um imóvel com plena segurança.
Devido à crise internacional, o ano começou bastante tenso para a economia. Qual é o seu balanço de 2009 para o setor imobiliário?
Apesar do fantasma da crise, 2009 foi um ano bastante positivo para toda a cadeia que trabalha no setor de imóveis, principalmente no Brasil. O programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" teve uma forte participação nos bons resultados deste ano, porque impulsionou a procura por imóveis em um momento que poderia ser bastante desfavorável e render grandes perdas nesse setor. Com esse impulso, tivemos um período bastante tranquilo e de muito equilíbrio entre oferta e demanda.
Qual a perspectiva do setor de imóveis para 2010?
Assim como este ano, 2010 promete ser bastante positivo. Claro que a economia tem fatores que podem gerar instabilidade, mas se o cenário continuar sem alterações com certeza o ano que vem renderá um aumento considerável nos negócios do setor de imóveis. É importante ressaltar a importância dos eventos esportivos que serão realizados no Brasil nos próximos anos, como a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O setor imobiliário prevê um aquecimento na procura por imóveis, não só no Rio de Janeiro [onde serão sediados os Jogos Olímpicos], mas no Brasil todo.
Como está a relação entre oferta e procura de imóveis em Curitiba? As empresas estão conseguindo atender essa demanda?
Atualmente, essa relação está bastante equilibrada. Hoje, o que se nota é que a oferta e a demanda se igualam. Claro que ainda há muita procura por imóveis e certas carências em alguns segmentos, mas, em geral, as empresas estão conseguindo oferecer produtos de qualidade dentro da expectativa dos clientes, especialmente porque, com o avanço da tecnologia, as construções são produzidas em tempo recorde. Com isso, fica muito mais fácil atender a demanda dos clientes.
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), principal parâmetro de reajuste do aluguel, tem acumulado uma variação negativa em 2009 (-1,61% até setembro deste ano). Como isso afeta o mercado de locação?
Claro que essa questão do índice batendo números negativos, em conjunto com o lançamento do projeto "Minha Casa, Minha Vida", gerou um desaquecimento na procura por imóveis para aluguel, mas nada que afetasse de forma decisiva. Quanto aos imóveis já locados, para evitar as perdas, passamos a tentar renegociar os valores dos aluguéis com os próprios inquilinos, mostrando que, apesar de o índice divulgado ser negativo, a inflação aumentou e precisamos dar esse retorno para os locadores.
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