Modalidades
Cada banco oferece um tipo de crédito, veja o ideal para você
O financiamento através do cartão, ofertado pelo banco Itaú e pela Caixa, pode ser usado apenas para a compra de materiais mão de obra só é incluída para algumas finalidades, como montagem de móveis planejados. O limite de crédito é determinado segundo o orçamento da obra e a renda do tomador e o prazo de carência para começar a pagar é, normalmente, de seis meses. O Itaú oferece 60 meses para pagar a dívida do cartão Construshop, enquanto a Caixa dá 54 meses com o Construcard. No Itaú, os juros são a partir de 2,39% ao mês, sem cobrança de tarifas, e o financiamento é de até R$ 300 mil. O serviço é apenas para correntistas e está sujeito a análise de crédito.
A Caixa oferece também outros dois tipos de financiamento, mas que exigem garantia (imóvel) ou mesmo convênio prévio com o empregador do cliente.
O Bradesco oferta dois tipos de financiamentos para reformas: um apenas para materiais de construção e outro que paga a mão de obra também.Este último financiamento é voltado apenas para clientes com empresa aberta (que tenham CNPJ). As taxas de juros do Bradesco vão aumentando com o passar do tempo e variam com o tipo de financiamento. Até seis meses, a taxa do financiamento dos materiais é de 1,89% ao mês, 25,19% ao ano.
No Banco do Brasil, o cliente correntista já conta com um crédito pré-aprovado e não precisa comparecer ao banco para efetuar a transação. Basta ir a uma loja credenciada e informar que a conta será paga pelo crediário do banco. Os juros variam de 1,53% a 1,98% ao mês, para valores de até R$ 50 mil e um prazo de até 54 meses.
Os analistas financeiros sempre recomendam guardar dinheiro e planejar a realização de um sonho com bastante calma. Foi o que fez o engenheiro de materiais Juliano Antunes, que até pesquisou as opções de crédito existentes, mas resolver poupar e fazer a obra por conta. "Eu andei vendo umas taxas de financiamento, fui aos bancos em que tenho conta, mas os juros eram altos, seria impraticável. Era mais fácil guardar dinheiro", afirma.
A chegada de um filho, a mudança de uma cidade para outra, entre outros tantos motivos, no entanto, surgem muitas vezes de surpresa. Quem está passando por um momento assim tem um fenômeno recente a favor: a competição entre os bancos, cada vez mais acirrada no Brasil, está trazendo as taxas das modalidades de crédito voltadas à construção e à reforma da casa para baixo. Além disso, em muitos casos, permitem o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), valor equivalente a 8% do salário recolhido todos os meses pelo empregador. Com paciência e um valor que não gere parcelas além dos 30% da renda familiar, elas podem ser a solução.
Dentre as várias modalidades (veja mais nesta página), o economista Daniel Poit recomenda o financiamento do tipo cartão, que define um limite, mas não obriga o cliente a contratar, já de cara, uma quantia que talvez seja maior do que realmente vai precisar. Voltado para a compra de materiais, é oferecido pela Caixa Econômica Federal e pelo Itaú Unibanco. "Com o cartão, você tem o limite e vai comprando o material de acordo com o decorrer da obra", explica Poit.
Este tipo de financiamento atraiu Clovis Antônio Florini e Nerian Furtado para a reforma da casa. "A gente comprou metade dos móveis com o cartão e também conseguimos colocar o piso que queríamos e o box. O cartão deu uma aliviada nas nossas contas", explica Nerian.
De janeiro a junho, a Caixa concedeu mais de R$ 79 milhões pelo cartão Construcard e a expectativa é que este número aumente. Segundo o gerente regional do banco, Paulo de Tarso, a redução de 9% na venda dos materiais de construção em junho, apontada pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), contribuiu para que a linha ficasse mais atraente. "Dentre as medidas que serão adotadas, será expandido o prazo para pagamento, haverá redução na taxa de juros e também em alguns encargos para os lojistas", avisa.
Além do peso dos juros e do prazo na conta final, Poit também aconselha evitar as modalidades que exigem o imóvel como garantia. "Tem bancos que pedem como garantia o próprio imóvel. A pessoa faz o financiamento de R$ 50 mil e o banco exige a casa de R$ 300 mil como garantia. Esta não é uma política muito boa, é melhor procurar outra opção", explica.
10% a 15% do total do orçamento deve ser separado para a "reserva de contingente", que vai cobrir os gastos com os imprevistos da reforma.
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