O Paraná está se firmando como um polo nacional de geração de inteligência e discussão sobre design. Depois de ser escolhido como sede para a representação do escritório iF International Forum Design, é a vez da Associação Brasileira das Empresas de Design (Abedesign) abrir um escritório no estado. O diretor responsável pelo Capítulo Paraná é o empresário Roger Rieger, da Komm Design. Em processo de expansão e desenvolvimento, a intenção da Abedesign é fortalecer as atividades ligadas ao design por meio da regionalização, especialmente a integração entre os escritórios. Com mais de 130 associados, a meta da instituição é reunir 500 empresas até o fim de 2010. Rieger acredita que para a associação ser nacional, a atuação não pode ser determinada em um único lugar. "No Brasil, o primeiro mercado de design é o paulista, seguido pelo carioca. Não é que o Paraná seja o terceiro, mas essa movimentação da Abedesign é importante para fortalecer o segmento", conta.
O presidente da Abedesign, Luciano Deos, considera que a participação das empresas paranaenses para a construção de uma entidade nacional é importante. "O Paraná é um mercado forte e ativo e também está crescendo economicamente, o que amplia a participação do estado. Além disso, o conjunto de empresas e profissionais tem um ótimo padrão", justifica Deos.
A formação do escritório é benéfica para as empresas. "Os escritórios paranaenses passam a ter mais representatividade e se integram ao contexto nacional", ressalta Rieger, que defende que o mercado do estado deve ter uma atitude nacional com ótica regional.
Os próximos estados que devem receber um Capítulo são Minas Gerais, Pernambuco e Ceará. Deos conta que os locais foram escolhidos por terem pessoas que participam dos trabalhos da Abedesign e que podem ajudar nessa integração.
Agenda
O Capítulo Paraná pretende promover uma agenda de design local. "Não teremos função administrativa, mas pretendemos fazer encontros para debater as realidades regionais, difundir e divulgar oportunidades internacionais e trazer eventos de grande porte para o estado", revela Rieger.
Um exemplo são as rodadas de negócios, em que são apresentados escritórios e empresários, para gerar oportunidades comerciais e estimular o desenvolvimento do setor.
Outro objetivo do escritório é estabelecer parâmetros para as empresas de design. Para ele, o mercado de design forte no Paraná é na área de indústria de tecnologia e de imagem corporativa, mas ainda tem muito a evoluir. "A qualidade gráfica que temos em Curitiba, por exemplo, é muito boa, mas é muito poluída", argumenta.
Modelo internacional
No mercado externo, muitos escritórios têm equipes menores, com cinco a seis profissionais, mas tem qualidade gráfica e pensamento estratégico. Esse é um modelo que a Abedesign pretende fomentar no país. Além de manter o apoio da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para subsidiar inscrições de peças para o Festival de Cannes, a intenção é chamar a atenção do governo para que o design entre de vez na agenda da inovação. "Em breve, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá financiar o design. Como a indústria internacional tem forte ancoragem no design, a nacional também deve ter", comenta Rieger.
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