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Cidade Industrial de Curitiba (CIC) – segundo dados do IPPUC, é o bairro que concentra o maior contingente da população: 174.383 – 9,92% dos 1,75 milhão residentes em Curitiba. A renda média dos moradores da região é de 4,23 salários. A CIC, pela própria finalidade para a qual foi criada, concentra o maior número de estabelecimentos industriais da cidade: 924. Entretanto, as atividades econômicas do bairro mais aquecidas são o Comércio (38,85% dos estabelecimentos) e o setor de Serviços (28,66%).

Sítio Cercado – a região tem um potencial econômico bastante forte e um tipo de comércio de bairro que atende a população de massa, segundo o coordenador de informações do IPPUC, Lourival Peyerl. Para o vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Paulo Celles, o que estimula as novas residências no bairro é o aquecimento do setor da construção e as áreas livres, combinados com uma maior oferta de crédito mobiliário.

Uberaba – "É um bairro ainda com lotes vazios e empreendimentos que apostam nos condomínios fechados e sobrados", diz o diretor de Controle de Edificações da SMU, Reginaldo Cordeiro. "Os moradores são de classe média e encontram ali uma localização própria para quem gosta de praia, com a proximidade do Contorno Sul", afirma o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, Paulo Chiesa. Para o vice-presidente do Secovi, Paulo Celles, o Uberaba é um mistério. "Nos últimos 10 ou 15 anos em que Curitiba se desenvolveu, o Uberaba foi o que menos cresceu. Talvez esteja crescendo porque chegou a hora. Ele é essencialmente residencial, próximo do centro, mas ainda oferece imóveis em conta".

Boqueirão – "O Boqueirão é o sonho das periferias de Curitiba criadas nos últimos 10 ou 15 anos. Há 40 anos, o bairro estava na situação do Sítio Cercado e da CIC hoje. Seus moradores já não dependem do centro e a situação vai melhorar com a Linha Verde (transformação da BR-476 em uma imensa avenida ligando as regiões norte e sul da capital), que trará maior permeabilidade aos bairros do sudeste da cidade", diz o professor Chiesa. O vice-presidente do Secovi-PR concorda. "Os terrenos e imóveis que estão nos bairros além da BR ainda estarão com preços acessíveis. Acredito que o Boqueirão se torne cada vez mais residencial e que os grandes prestadores de serviço lá localizados se mudem para a região metropolitana ou a CIC", diz Celles.