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Piso aquecido, uma das alternativas, ameniza a sensação de frio | Divulgação/ Tech House
Piso aquecido, uma das alternativas, ameniza a sensação de frio| Foto: Divulgação/ Tech House

Lareiras

Elétricas e a álcool, as lareiras evoluíram e, além de não poluírem o meio ambiente, ganharam um estilo próprio que pode ser usado em qualquer cômodo da casa. As lareiras a álcool são boas opções para quem deseja aquecer o ambiente sem se preocupar com a instalação de dutos ou chaminés. Elas são leves e compactas e, pela facilidade no transporte, podem ser instaladas em qualquer lugar, inclusive em ambientes externos. Para o funcionamento, é necessário abastecê-las com álcool comum de 92,8°, encontrado em supermercados e lojas de produtos de limpeza.

Prevenção

Aquecedores ajudam a evitar a formação de fungos

O ambiente perfeito para a proliferação de fungos, seja mofo ou bolor, precisa de umidade, escuridão, calor e falta de ventilação. Mas, neste frio de inverno, ninguém consegue deixar as janelas abertas por muito tempo, ainda mais com o sol escondido por semanas.

Desta forma, o inspetor-chefe regional do Conselho de Engenheiros e Arquitetos de Curitiba (Crea-PR), Andre Fanaya, sugere algumas medidas que podem ser tomadas para aquecer a casa e evitar o aparecimento de fungos.

"O que as pessoas normalmente fazem para esquentar o cômodo é, antes de entrar no banho, fechar todas as janelas e ligar o chuveiro, deixando a água escorrer um pouco para criar aquela nuvem de calor. Depois do banho, não abrem as janelas e deixam a umidade concentrada. Assim, se não tem uma correta ventilação, o calor vai ajudar a proliferar o fungo. Se a pessoa arejar os ambientes depois, isso já ajuda a evitar o mofo", orienta.

Os métodos de aquecimento adotados por algumas pessoas, como pisos aquecidos, ar condicionado, lareiras e churrasqueiras ajudam na sensação de calor e ainda previnem a proliferação de fungos. "O piso aquecido não tem este problema (bolores, mofos) porque você faz uma boa impermeabilização antes de colocar, já que ele é aquecido eletricamente. O ar condicionado tira a umidade do ar e, sem esta, não tem fungos. O mesmo acontece com lareiras e churrasqueiras. Elas esquentam e diminuem a umidade", explica Fanaya.

Plástico bolha

Um isolante térmico simples e eficaz pode ser improvisado com plástico bolha nas janelas. Recorta-se pedaços do tamanho dos vidros e aplica-se pelo lado de dentro de casa, com as bolhas expostas. "Isto dá aos vidros um desempenho térmico semelhante ao de uma janela dupla", explica o professor de Conforto Ambiental do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Aloísio Leoni Schmid.

"Me dei por vencida. Mofo wins! O bolor me tocou de casa."

Caroline Diedrichs, jornalista, que tentou combater os fungos de todas as formas em sua última residência.

  • A lareira a álcool tem um vidro antichama e, no reservatório, normalmente cabe 1,5 litro do combustível
  • As chamas da lareira elétrica são reproduzidas em 3D e o aparelho aquece um espaço de 30 metros quadrados em 30 minutos
  • Com a lareira a álcool, o tempo de queima dura de três a seis horas. Este modelo aquece ambientes de até 20 metros quadrados

Frio também pode causar danos aos imóveis. As variações de temperatura fazem com que a estrutura contraia e dilate e surjam fissuras. Estas são caminhos para as infiltrações. De acordo com o inspetor-chefe da regional do Conselho de Engenheiros e Arquitetos de Curitiba (Crea-PR), Andre Fanaya, "a infiltração pode causar danos na armadura, no concreto". "Geralmente quando faz muito frio, surgem as fissuras. Tem de ficar atento", acrescenta.

A água pode corroer a armadura, que, se não for impermeabilizada, começa a enferrujar, rompendo os pontos. "A água na estrutura é perigosa, mas não adianta brigar com ela, tem de aprender a conviver. Se ela aparece em uma parede, não adianta desmanchá-la. Tem de ver para onde mandar esta água. Se derrubar a estrutura e construir outra, a situação pode continuar", afirma Fanaya.

Uma das soluções para esse tipo de problema é a impermeabilização. Segundo o engenheiro civil da empresa Impernacional Engenharia, Magnaldo Cabral de Melo, a impermeabilização deve ser feita em todos os locais da casa que estejam sujeitos a infiltração, como banheiros, cozinhas e lavanderias. "O isolamento é feito direto na laje e só depois vem o acabamento. Por isso, é ideal que se busque impermeabilizar durante a construção", afirma Melo. Segundo o engenheiro, o custo para se proteger um cômodo é de, aproximadamente, R$ 60 por metro quadrado. Se o trabalho for feito após a construção da casa, o valor pode chegar a R$ 200 o metro quadrado.

A arquiteta Ticiana Bento sentiu falta de impermeabilização no apartamento. Dois cômodos, o quarto e o banheiro foram prejudicados pela infiltração. No banheiro, a falta de isolante no box fazia com que a água fosse sugada pela parede, deixando-a totalmente molhada. Já no quarto, não foi possível isolar a umidade pelo lado de fora, que é o mais recomendado, e a solução foi fazer a chamada impermeabilização invertida. "A parede não foi quebrada, mas foi lixada e passaram um produto específico para impermeabilizar. Depois, ainda passei grafiato para deixá-la mais grossa. Desde então não tive mais problemas no meu quarto. Mas, agora, o quarto da minha mãe está com mofo", relata.

Mofo

Este é outro problema que surge com o frio e a umidade. A jornalista Caroline Diedrichs conta que, depois de muito lutar contra o mofo, ela decidiu mudar-se. "Tentei de tudo. Vinagre, água sanitária, bicarbonato de sódio, dissecante. Não adiantou. Desde o começo tinha um pouco de bolor nas paredes, mas depois desta temporada de chuvas, piorou demais. O apartamento é face sul, pega pouco sol agora no inverno e isso colaborou para aumentar a infestação", explica.

Outra armar para evitar a proliferação dos fungos e bactérias, é possível utilizar uma tinta especial, antibacteriana. De acordo com a gerente da loja Impermix Tintas, Júli Casellas, essa tinta pode ser usada tanto em ambientes internos quanto externos. "Os clientes têm usado mais internamente mesmo. A tinta minimiza a proliferação de fungos, embora não os extermine. O pessoal tem procurado muito aqui em Curitiba, principalmente quando faz muito frio e tem muita chuva", afirma. Outra tinta, voltada à impermeabilização, impede a infiltração e ajuda a resolver problemas de fissuras, evitando também a proliferação de bactérias e ácaros.

Caminho certoNão basta aquecer, é preciso escolher a melhor fonte de calor

De acordo com o professor de Conforto Ambiental do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Aloísio Leoni Schmid, a melhor dica para quem deseja aquecer a casa para o inverno é escolher poucos ambientes, manter as cortinas e portas fechadas e ali aquecer o ar. "O controle da temperatura do ar reduz a sensação de diferença térmica e, assim, podemos nos deslocar sem perder a sensação térmica".

O ar condicionado quente é apontado como uma forma econômica de aquecer. "Consome 1/3 da energia dos aquecedores elétricos", aponta Schmid.

Segundo a diretora da Tech House, Letícia Kaufeld, o aquecimento no piso é uma boa sugestão para quem deseja conforto térmico sem queimar oxigênio ou prejudicar a decoração da casa, pois o sistema fica totalmente escondido sob o revestimento. "É uma forma de aquecimento que não prejudica a saúde, pois não resseca o ar, não emite ruídos e não provoca sensação de sufocamento, comparado ao ar condicionado", frisa.

Três fatores principais motivaram o engenheiro Marcelo Hayashi a instalar o piso aquecido em casa: o frio de Curitiba, os aquecedores a óleo que nunca aqueciam de forma eficiente e a renite alérgica que todos na casa possuem. "Nestes dias bem frios, a gente tem dormido com 22º C, só um edredon para esquentar e, quando acordamos, a toalha está seca", relata.

Segundo ele, o custo na conta de luz continuou o mesmo, comparado às outras formas de aquecimento que a família utilizava. "A gente usava o aquecedor a óleo e, nos meses que ligávamos o aquecedor, a conta era igual à atual", aponta.

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