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Lilian Stelmatchuk, síndica do residencial Portal da Serra, no Cajuru, diz que  o condomínio segue a recomendação à risca para dedetizar a cada seis meses | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Lilian Stelmatchuk, síndica do residencial Portal da Serra, no Cajuru, diz que o condomínio segue a recomendação à risca para dedetizar a cada seis meses| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Dicas

Algumas orientações antes de contratar uma dedetizadora são essenciais para garantir a segurança dos moradores. Bons hábitos de higiene e limpeza também são aliados para deixar insetos e roedores longe de casa:

Contrate somente empresas especializadas e que possuam licença da Vigilância Sanitária para realizar o serviço. Peça para o responsável apresentar documentos que comprovem a idoneidade da empresa. A aplicação do veneno sem a técnica e o equipamento de segurança adequado pode causar intoxicação.

Os procedimentos esperados de uma empresa de dedetização é o agendamento de uma inspeção no imóvel para elaborar um diagnóstico, indicar os tratamentos e passar um orçamento fechado (com custo total do trabalho). Lembre-se de consultar mais de uma empresa.

Aguarde de 4 a 6 horas para retornar ao ambiente após a dedetização. Para gestantes e crianças pequenas é aconselhável aguardar pelo menos 8 horas. Ao retornar, abra portas e janelas para deixar o local bem ventilado.

Só acompanhe o serviço se a empresa tiver equipamentos de segurança para lhe fornecer, tais como máscara, guarda-pó e luvas.

É recomendável fazer a limpeza da caixa d’água no mesmo período da dedetização. Lembre-se de mantê-la sempre tampada.

Acondicione o lixo de forma adequada, em recipientes vedados, na área interna e externa.

Limpe todos os ralos com frequência, mantendo fechados os menos utilizados.

Use o aspirador de pó ao menos uma vez na semana em frestas, atrás de quadros e em pedras que ficam na área interna, para combater traças e aranhas.

Fontes: Anvisa, Aprav, Exclusiva, Cepil e Líder.

  • A dentista Érica Moro contrata o serviço de dedetização uma vez por ano, além de revisões periódicas

Eliminar os indesejados insetos, ratos, cupins e outros animais é o desejo de quem procura por um serviço de controle de pragas urbanas. Com a proximidade do verão as dedetizadoras passam a receber mais pedidos e surgem ofertas que parecem muito atraentes, mas podem representar um risco. A Coordenação de Vigilância e Saúde Ambiental de Curitiba alerta para a necessidade de contratar empresas legalizadas, com a licença anual, emitida pelo órgão, em dia.

"A tendência é que as pessoas procurem o serviço quando a presença dos insetos se torna insuportável e isso pode comprometer o processo de escolha da empresa", afirma a veterinária e membro da Associação Para­naen­­se de Controladores de Pra­­gas e Vetores (Aprav), Maria Na­­gano. Ela recomenda que se desconfie se o profissional passar orçamento por telefone, sem sa­­ber a dimensão do problema que encontrará. "O correto é a empresa enviar um técnico para fazer vistoria e, na sequência, passar o orçamento", diz.

Na escolha do serviço vale a regra dos três orçamentos e uma conversa com os técnicos de cada empresa. "Esse profissional deve entregar um documento com orçamento, relatando o tipo de praga existente, o produto e método que deverão ser utilizados, quanto tempo levará para executar o trabalho e que garantia dará", ressalta Maria.

Outra dica é verificar no Procon (Proteção e Defesa ao Consumidor) se há alguma reclamação contra a empresa ou mesmo pedir uma lista de clientes para o prestador de serviços, para que se possa verificar a satisfação. Ao perceber que uma empresa não tem licença sanitária, o consumidor deve denunciá-la à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou ao órgão municipal correspondente. No caso de Curitiba é possível ligar para o 156.

Tratamentos

O biólogo e técnico da empresa Exclusiva Controle de Pragas, Roberto Amorim, explica que no período entre a primavera e o verão acontecem as novas crias dos animais, porque a oferta de alimento é maior. "É preciso conhecer o ciclo de vida e o comportamento de cada espécie. Muitas pessoas tentam resolver problemas de infestações sozinhas e adotam apenas medidas paliativas, muitas vezes com uso de um produto incorreto", comenta.

Maria Nagano reforça que em alguns casos não é possível eliminar todos os tipos de praga com apenas uma visita. "Formiga e cupim, por exemplo, não podem ser combatidos de uma só vez. O profissional deverá ir ao local várias vezes, até que o foco seja eliminado. Em alguns casos, são necessárias aplicações semanais por um ou dois meses. O cronograma do serviço deve constar no orçamento", lembra.

Amorim é o responsável pelo controle de pragas na casa da dentista Érica Moro, que não deixa de fazer ao menos um tratamento completo ao ano contra insetos, roedores e cupim, além de revisões periódicas. "Costumo escolher uma semana de uma pequena viagem, para que não fiquemos expostos aos produtos. Sei que não é necessário, mas é uma precaução", comenta. A recomendação é que os moradores deixem a casa por um período de três a quatro horas após a aplicação.

Para ela, a principal mudança foi a diminuição das formigas e mosquitos. As formigas incomodavam bastante, porque moramos em uma área bastante arborizada. Como tenho filhos pequenos, que brincam bastante no chão, ficava preocupada com as mordidas", diz.

Entre as ocorrências mais comuns em Curitiba, o gerente da empresa Cepil Dedetizadora, Emerson Giacomini, destaca, além dos insetos mais comuns, o problema com abelhas e aranhas-marrom. "No caso das abelhas, não é possível exterminá-las, por uma questão ambiental. Promove-se uma pulverização para que elas se afastem e, com isso, retira-se a colméia e aplica-se uma espécie de repelente para que não voltem ao local", relata.

Quanto à aranha, o tratamento exige a pulverização de uma combinação de produtos principalmente nas frestas, porões, pedras decorativas e outros locais escuros, quentes e com limpeza pouco frequente.

Na lista dos visitantes desagradáveis Andrezza Bueno, técnica da Lider Dedetizadora, inclui o cupim e os ratos. Para combater o primeiro é necessário identificar onde estão as colônias, geralmente no forro e vigas da casa, além dos móveis. Antes da aplicação dos produtos é necessário fazer uma limpeza no local. "A poeira tem de ser aspirada, porque o cupim está no meio da madeira e não adianta ‘lavar’ o local com veneno", indica. Ela explica que o ideal é passar escova de aço na madeira para que se identifique com precisão os locais de concentração.

Já os ratos exigem um trabalho na área interna e externa. "O mais indicado é trabalhar com iscas espalhadas nos possíveis caminhos dos roedores, assim eles comem o produto, retornam para seus ninhos e morrem longe da casa", explica. Andrezza recomenda a manutenção dos ralos limpos e, se possível, tampados.

Na avaliação dos profissionais, a efetividade do controle de pragas só se dá com a aplicação dos produtos a cada seis meses. Poucos seguem tão à risca essa regra quanto os moradores do Residencial Portal da Serra, no bairro Cajuru. Síndica do condomínio há dois anos, Lilian Stelmatchuk afirma que não abre mão do tratamento contra os bichos. "É um gasto de cerca de R$ 5 mil a cada semestre (para toda a área comum do condomínio, que ocupa uma quadra e tem 14 blocos), mas os moradores reconhecem a importância. Havia bastante problema com ratos e nota-se a diferença", diz.

Como dica para os síndicos, ela sugere exigir a garantia do serviço e propor que a empresa faça um pacote com preços especiais para que os moradores estendam a dedetização para os apartamentos.

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