Praticidade e sofisticação em um mesmo ambiente. O projeto da clínica de ortodontia Oxplen, no centro de Curitiba, assinado pelo arquiteto Luiz Maganhoto e pelo designer Daniel Casagrande, traz um conceito de sofisticação estética aplicada às limitações impostas pelos órgãos de saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este tipo de estabelecimento.
Em pouco mais de cinco meses, o espaço de dois mil metros quadrados antes utilizado como garagem e depósito , localizado no térreo e primeiro piso de um condomínio residencial, ganhou novos ares.
Da estrutura antiga, apenas os pilares continuaram em pé. Embora remanescentes, foram disfarçados com o mesmo material utilizado nas paredes (gesso) e ganharam novos papéis na composição do ambiente, que vão de elementos decorativos a suporte lateral para a instalação de balcões e mesas de trabalho.
Os materiais empregados no revestimento foram escolhidos com base em rígidas normas de higiene, mas com um toque de sofisticação. Além das placas de gesso nas paredes, os pisos receberam a aplicação de porcelanato material cerâmico nobre e de fácil limpeza.
Até o mobiliário ganhou atenção especial, sendo também feito de materiais avançados tecnologicamente e de manutenção simples. Para as peças, além de laminado plástico, MDF e aço inox, foram utilizados revestimentos rochosos que não absorvem a umidade, como granito e mármore. Na pintura, o branco tradicional e obrigatório em estabelecimentos de saúde receberam detalhes em verde e azul, cores que são marca da empresa.
A disposição dos ambientes também seguiu as determinações dos órgãos responsáveis. Espaços de circulação alternativa, como corredores paralelos, foram criados para evitar a contaminação de materiais esterilizados. De forma estratégica, diferentes salas de exames foram planejadas em proximidade. "Isso facilita o fluxo das informações, a rapidez dos procedimentos e evita que documentos importantes sejam perdidos em longos trajetos", justifica Maganhoto. Portadores de necessidades especiais ganharam salas de fácil acesso, ainda no térreo. Também para eles, rampas e portas mais largas foram criadas, dividindo espaço com estruturas tradicionais.
Desafio maior que o planejamento de uma residência, segundo Maganhoto, a dupla de profissionais conta que mesmo com pouco tempo para o desenvolvimento do projeto que foi elaborado em apenas três semanas , conseguiram chegar ao produto final desejado. "Como não é nosso primeiro trabalho neste tipo de ambiente, já tinhamos o conhecimento necessário para elaborar algo prático, que atendesse às normas da Anvisa e tivesse o nosso toque profissional", explica o arquiteto. Resultado que também agradou a empresa. "O projeto contemplou o que queríamos. Não precisamos alterar nada", afirma o diretor-geral da empresa, Jefferson Silveira.
Sala de jogos e cafeteria para uma espera mais agradável
Internet, cafeteria e sala de vídeo. Os itens descritos podem até não ser comuns dentro de uma clínica odontológica, mas é uma aposta para atrair novos clientes, acredita o arquiteto Luiz Maganhoto. "A intenção é tornar mais agradável o período de espera pelo atendimento. É com certeza algo que vai chamar a atenção de muita gente", afirma. Enquanto aguarda, o paciente pode acessar gratuitamente a web em um dos computadores disponibilizados, assistir tevê na sala de espera, ou simplesmente tomar um café, em um bar instalado no andar superior da clínica.
A lista de serviços oferecidos inclui ainda uma sala de leitura com iluminação especial e disposição estratégica de mesas e sofás para facilitar a interação entre os pacientes. "Além de espaço de descontração, esse ambiente acaba funcionando como uma estratégia de marketing. As pessoas se sentem estimuladas a interagir. Podem até mesmo discutir o atendimento da clínica", diz o designer Daniel Casagrande.
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