Com o início da primavera e a expectativa para o verão, quem estava aguardando uma boa oportunidade para comprar um imóvel no litoral paranaense não deve esperar mais. Segundo especialistas do mercado imobiliário da região costeira do estado, vive-se um momento propício para adquirir uma casa ou apartamento nas praias do Paraná. Os preços, que têm se mantido em baixa nos últimos anos, devem aumentar a partir das próximas temporadas.
Analistas do setor estimam que o mercado irá reagir já a partir do ano que vem. "Aposto em um aumento em torno de 20% para 2007", prevê Carlos Harthmann, proprietário da C. A Imóveis, sediada em Guaratuba. Segundo Jurema Arzão, presidente da Rede Caiobá Imóveis, formada por oito imobiliárias do litoral paranaense, o momento é muito bom para comprar, principalmente porque os preços estão defasados. "Quem puder adquirir agora se sairá muito bem em um curto prazo", estima.
O otimismo é justificado pelos recentes investimentos em infra-estrutura na região (saneamento e segurança), pela chegada da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Matinhos no ano passado e pela perspectiva de realização de obras importantes para o litoral. Exemplo é a recuperação da orla marítima de Matinhos, que está em fase de licitação.
Para Michel Wolf, delegado no litoral paranaense do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR), esses investimentos motivam um aumento no número de locações e compras de imóveis. "Estamos começando a viver uma nova era no mercado imobiliário do litoral. A valorização ainda não foi influenciada, mas isso é questão de tempo.", avalia Wolf.
Mito
Outro fator que anima o mercado litorâneo é o seu potencial de desenvolvimento. Para Célia Bakalarczyk, gerente de vendas da Atlântico Sul Imóveis, o município de Pontal do Paraná merece atenção especial. "Onde mais se compra um terreno no litoral com 4.200 metros quadrados, com arruamento e calçada, por R$ 150 mil?", questiona.
Engana-se quem imagina que a proximidade do verão implica em aumento nos preços para a venda. Segundo Michel Wolf, a noção de que os imóveis custam menos no inverno não passa de mito. "O preço, como em qualquer lugar, reage de acordo com a relação entre oferta e procura. Eles podem diminuir quando a procura cai, e isso acontece tanto no inverno como no verão", explica. "Já quanto ao aluguel, as locações diárias são muito mais procuradas e valorizadas no verão", complementa.
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