Você já pensou em morar num apartamento que abrigou um atleta olímpico? Os compradores das unidades do bairro planejado Ilha Pura, no Rio de Janeiro, terão esta oportunidade. Em construção pelas incorporadoras Carvalho Hosken e Odebrecht Realizações Imobiliárias, o empreendimento abrigará a Vila dos Atletas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 e, passada a Olimpíada, será ocupado por moradores comuns, transformando-se em um novo bairro na região da Barra da Tijuca.
Sustentabilidade é um dos legados do Ilha Pura
O estímulo ao uso de bicicletas é apenas uma entre as diversas ações de sustentabilidade do bairro planejado Ilha Pura – que receberá a Vila dos Atletas –, implantadas desde a instalação do canteiro de obras para reduzir o impacto ambiental e favorecer o uso racional de recursos.
A instalação de usinas de concreto para atender a demanda da obra e a implantação de coleta seletiva, por exemplo, fizeram com que o empreendimento deixasse de emitir 39 mil toneladas de CO² ao longo de dois anos. “Se fôssemos comprar este concreto, precisaríamos de 300 viagens de caminhão diariamente. Outro ponto importante é o uso de madeira certificada e rastreada, que contribui para a redução do desmatamento”, diz Maurício Cruz Lopes, diretor geral do Ilha Pura.
O bairro também contará com uma estação de tratamento de águas cinzas – provenientes dos chuveiros e pias de banheiros –, que serão utilizadas nos vasos sanitários dos apartamentos, na irrigação da vegetação e reposição da água dos lagos do parque. A eficiência energética está presente com a substituição das lâmpadas comuns por modelos LEED nas áreas comuns, instalação de painéis fotovoltaicos e telhados verdes, entre outras soluções.
“Todo o esforço de sustentabilidade não é uma obrigação olímpica. As empresas têm essa preocupação e entenderam ser esta uma oportunidade de mostrar ao mundo que o Brasil está no caminho do desenvolvimento sustentável”, conta Lopes. Tais medidas garantiram ao empreendimento a pré-certificação para o LEED for Neighborhood Development (LEED para Desenvolvimento de Bairros) e AQUA Bairros e Loteamentos, dois dos principais selos de construções sustentáveis.
As obras, que registram avanço de 80%, contemplam sete condomínios e 31 prédios residenciais, somando um total de 3.604 apartamentos de dois, três e quatro dormitórios com metragens privativas de 77 m² a 450 m². O projeto tem capacidade para receber 17.950 atletas e paratletas, além de outros profissionais das delegações.
Maurício Cruz Lopes, diretor geral do Ilha Pura, conta que o projeto foi pensado para ser usado como Vila Olímpica, mas sem deixar de lado as características necessárias ao morador final. Assim, os apartamentos têm portas e corredores mais largos e soluções de acessibilidade nas áreas comuns, que facilitam a circulação de atletas que utilizem cadeiras de rodas, e chuveiros mais altos, condizentes com a altura de alguns competidores. “São aspectos que trarão benefícios e mais conforto ao morador final”, diz. Todos os condomínios ainda terão estrutura completa de clube em suas áreas comuns, oferecendo piscinas com raias para natação, sauna e academia, entre outras instalações.
A construção de um parque público com 72 mil m² no centro do bairro também integra o projeto, desenvolvido de forma a favorecer que as pessoas realizem as atividades do dia a dia caminhando ou de bicicleta. A implantação de um centro comercial no bairro e a presença de mais de quatro quilômetros de ciclovias dentro do parque e permeando a Vila devem estimular os moradores a evitarem o uso do carro.
Investimento
A responsabilidade da construção da Vila dos Atletas pela iniciativa privada, ao contrário do que aconteceu em outras edições dos jogos olímpicos, partiu do convite feito pelo comitê de candidatura às Olimpíadas em função de o terreno que recebe o bairro pertencer à Carvalho Hosken, como lembra Lopes. “No dossiê encaminhado ao comitê internacional, a empresa enviou uma carta se comprometendo a incorporar o empreendimento caso a cidade fosse eleita”, acrescenta.
O projeto do Ilha Pura prevê um volume geral de vendas em torno de R$ 4 bilhões. Cerca de 50% das unidades dos primeiros três condomínios lançados estão comercializadas – o valor médio do metro quadrado gira em torno de R$ 10 mil. Os outros quatro empreendimentos serão colocados à venda até 2020.
As obras de infraestrutura do bairro, como redes elétrica e de água e esgoto, urbanização e pavimentação, por sua vez, foram incluídas no pacote de responsabilidades do vencedor da parceria público-privada do Parque Olímpico da Barra, administrada pela Concessionária Rio Mais.
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