• Carregando...

Mais de 90 entidades do setor da construção civil de todo o país estão propondo uma via de desenvolvimento para o Brasil com base no fortalecimento da cadeia produtiva do segmento. Elas formam a União Nacional da Construção (UNC), organização que, segundo seus participantes, surgiu há quase três meses para fomentar não apenas o setor construtivo, mas a própria economia nacional.

O caminho proposto pela UNC para fazer o Brasil crescer está fundamentado em um estudo encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), que foi entregue aos candidatos à presidência da república durante a campanha eleitoral e que está sendo divulgado à sociedade por meio de eventos públicos. Exemplo aconteceu na noite da última quinta-feira, quando o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, se encontrou com empresários do ramo da construção e do mercado imobiliário em um evento aberto à população na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), em Curitiba.

Na ocasião, o ministro assumiu o compromisso de tentar colocar em prática o projeto contido no estudo durante o próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bernardo assegurou ainda que irá analisar os detalhamentos das suas propostas com os ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Dilma Roussef (Casa Civil). "O projeto é importante e merece ser bem avaliado", disse o ministro momentos antes do encontro.

Multiplicadores

O trabalho intitulado A construção do desenvolvimento sustentado – A importância da construção na vida econômica e social do país apresenta a construção como alternativa de progresso em função da sua capacidade de iniciar um círculo virtuoso. "A construção é o setor da economia que apresenta o maior efeito multiplicador de benefícios. Investir nela é investir no Brasil, por isso esse projeto deve fazer parte da política do governo", afirma Cláudio Elias Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco). "O plano aponta os resultados possíveis de atingir com os recursos disponíveis e o mais importante: é totalmente exeqüível, sem previsões mirabolantes", enfatiza Conz.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, um aspecto que revela a importância do segmento para o desenvolvimento do Brasil é a sua abrangência. "O setor da construção está em todas as partes, indo muito além da habitação", diz. "Ele também é fundamental na estrutura do comércio, indústria, esporte, lazer, saneamento, saúde, transporte, geração de energia, enfim, em praticamente todos os aspectos da vida", lembra Simão.

Instrumentos disponíveis para a implementação do projeto, segundo o dirigente, já existem. "Agora é preciso vontade e ação política para implementar as ferramentas já disponíveis para realizar essa idéia, como as parcerias público-privadas e a segurança jurídica", exemplifica. Segundo Hamilton Pinheiro Franck, presidente em exercício do Sinduscon-PR, o encontro com o ministro foi um marco para alavancar as propostas da cadeia produtiva. "Este projeto não é corporativista, mas um plano para a nação."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]