Com a reforma estrutural praticamente finalizada, imóvel será destinado a locação comercial| Foto: Arquivo Pessoal

R$600 mil foi o valor total gasto com a reforma em área de 190 m²

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Antes:Após décadas com diferentes usos, e obras incorporadas ao longo do tempo em diferentes estilos, casarão estava praticamente destruído por dentro
Antes:Após décadas com diferentes usos, e obras incorporadas ao longo do tempo em diferentes estilos, casarão estava praticamente destruído por dentro
Antes:Após décadas com diferentes usos, e obras incorporadas ao longo do tempo em diferentes estilos, casarão estava praticamente destruído por dentro
Antes:Após décadas com diferentes usos, e obras incorporadas ao longo do tempo em diferentes estilos, casarão estava praticamente destruído por dentro
Depois:Reforma resgatou características originais, valorizando a fachada da edificação do começo do século e incorporando elementos modernos como o mezanino
Depois:Reforma resgatou características originais, valorizando a fachada da edificação do começo do século e incorporando elementos modernos como o mezanino
Depois:Reforma resgatou características originais, valorizando a fachada da edificação do começo do século e incorporando elementos modernos como o mezanino
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A Avenida Iguaçu teve uma mudança na paisagem próxima à praça Ouvidor Pardinho. As paredes pichadas de uma edificação na esquina com a Rua Lamenha Lins deram lugar a um cenário cheio de estilo. Por trás da transformação, está a dedicação do proprietário.

O casarão, que tem cerca de cem anos – não há registro da data de construção –, foi herdado pelo produtor de eventos Dado Dantas. Apaixonado pelo local, que é propriedade da família desde a década de 1960, há dois anos ele iniciou o processo de revitalização do imóvel, que é catalogado como Unidade de Interesse de Preservação (UIP).

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Dantas utilizou sua experiência em reformas anteriores em imóveis vizinhos – também herdados da família – e a consultoria da arquiteta Ivana de Abreu Winkeler. Somou o conhecimento de história, costumes e urbanismo adquirido nas inúmeras viagens que faz ao redor do mundo, e pesquisas feitas por conta própria sobre o imóvel, que teve diversas finalidades, como armazém, farmácia e lavanderia.

O resultado é um espaço charmoso, com 190 m² distribuídos em piso inferior, mezanino, copa e banheiros, que resgata as características arquitetônicas originais do casarão.

Desafios

O restauro exigiu pesquisa e paciência. A construção do imóvel foi feita em partes desde o início do século 20, incorporando diferentes estilos, com influências francesas, portuguesas e italianas. Ao ter a propriedade confirmada na herança, Dado Dantas encontrou o imóvel bastante danificado – sobrou, basicamente, a fachada.

Uma estrutura metálica foi instalada na parte interna para dar suporte às paredes, abaladas pelo tempo. A mesma estrutura é base do mezanino.

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Além de "amarradas", as paredes foram descascadas para resgatar características originais da construção de arquitetura eclética. Os arcos das janelas, antes escondidos, foram revelados. Uma das portas, mais larga, servia para a entrada de carroças, quando o casarão era um armazém.

Dado Dantas recuperou algumas portas e janelas antigas em madeira e mandou fazer outras, sob medida, em itaúba maciça. O telhado foi refeito com telhas francesas. O contrapiso permite que o futuro locatário instale revestimento de acordo com suas necessidades. A iluminação externa valoriza o imóvel e garante mais segurança.

Por se tratar de uma UIP, Dantas precisou solicitar à Secretaria Municipal do Ur­ba­­­­nismo uma autorização específica para a obra. Também teve de tratar com o Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Ur­­ba­­no de Curitiba) para que a volumetria do espaço fosse mantida, além de atender ques­­tõesde acessibilidade. O Ippuc acompanhou a obra e indicou a cor utilizada na pintura da fachada, Favo de Mel – a mesma da Catedral de Curitiba.

Burocracia

Para quem pretende revitalizar um imóvel antigo, Dantas dá seu depoimento. "É muito gratificante, mas exige esforço e dedicação. O desejo de contribuir para manter viva a história da cidade esbarra em dificuldades burocráticas e na falta de orientação para quem possui uma Unidade de Interesse de Preservação. O conflito entre o que dizem os diferentes órgãos é um complicador. Aliado aos elevados custos, faz com que os proprietários não tenham interesse em revitalizar imóveis que acabam abandonados ou demolidos para dar lugar a empreendimentos modernos".

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