Projeto
Complexo em Maringá tem desenho arrojado e soluções inovadoras
Um projeto para marcar o cenário urbano de Maringá no novo século. Com essa premissa, os arquitetos do Casacinco criaram o design do complexo multiuso que será construído no terreno da antiga rodoviária da cidade. Com 80 mil metros quadrados, as duas torres vão abrigar uma biblioteca e espaço cultural, espaços comerciais, escritórios, um hotel e apartamentos residenciais, em um formato ousado, em que um dos prédios parece se apoiar no outro. A perspectiva dialoga com a Catedral de Maringá, um marco arquitetônico da cidade, que fica próxima ao novo complexo.
Vencedor da concorrência da prefeitura da cidade, o projeto da equipe do Casacinco reflete, nas palavras de Boris Cunha, "o nosso jeito de pensar a arquitetura". "São soluções arrojadas para criar uma referência na paisagem de Maringá", observa o arquiteto. Ele lembra que a arquitetura deve sempre responder ao contexto do local. "Esse é um caso que pedia um design contemporâneo com a intenção de criar um novo ícone para a cidade". A previsão é que as obras sejam iniciadas no segundo semestre do ano que vem.
O projeto do complexo multiuso de Maringá vem se somar ao portfolio Casacinco / Willer, que inclui outras obras marcantes e inovadoras, como o Evolution primeiro edifício construído em Curitiba com o conceito de escritórios corporativos , a Vila Nova da Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, o Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul, no Acre, e diversas obras em Angola, na África, como o Museu de Ciência e Tecnologia, o Museu das Forças Armadas, o Museu do Diamante e o Instituto Médio de Artes.
Cinco arquitetos em sociedade, equipe variando entre dez e quinze colaboradores, dois grandes projetos em andamento, muitos outros em curso, uma nova sede e vontade de vencer desafios. É com esse perfil que o escritório Casacinco pretende ampliar fronteiras. A turma que se reúne para trabalhar em um antigo sobrado restaurado, no bairro São Francisco, não tem medo de novidade.
Foi com esse espírito que a Casacinco conquistou, ano passado, o projeto da nova fábrica da multinacional Aker, em São José dos Pinhais. "A gente não tinha grande expertise em obras industriais. Mas não temos receio de aprender e fazer o melhor possível", diz Boris Cunha, um dos "cinco" da casa.
Continuidade
A empresa, que até pouco tempo atrás era o escritório Willer Arquitetos Associados, nasce com mais de vinte anos de história. "Estamos criando identidade própria para fazer a renovação com continuidade", define.
O Casacinco é a nova cara do escritório fundado pelos arquitetos Alfred Willer e o filho, Marcelo Willer, no início da década de 90. Alfred, atuante desde os anos 50, é um dos grandes nomes da arquitetura no Paraná. Professor da UFPR, vinha se afastando da rotina de trabalho do escritório nos últimos anos.
Marcelo, por sua vez, tornou-se superintendente de uma das maiores empresas de urbanização do Brasil. Enquanto os fundadores cumpriam suas trajetórias individuais, o escritório seguiu crescendo, com a equipe sendo fortalecida por profissionais que tinham sido alunos de Alfred.
Boris, que entrou para a empresa ainda recém-formado, em 1994, é um deles, assim como Ricardo Alberti. "Nosso protagonismo foi crescendo naturalmente no escritório a partir do afastamento gradual de Alfred e de Marcelo", conta o arquiteto. Em 2012, a dupla concluiu a aquisição da sociedade. Entraram, então, os novos sócios: Rogério Shibata, Jussara Specian e Rosiane Ruda Sant´Ana, todos arquitetos.
Desafio
A mudança de nome e de endereço marca uma etapa de maior diversidade nos trabalhos do escritório. Com um portfolio que inclui aeroportos, edifícios comerciais e residenciais, shoppings, hospitais, escolas e museus, inclusive fora do país, a equipe do Casacinco encarou o desafio de criar o projeto para a Aker em tempo recorde. A obra começa entre janeiro e fevereiro de 2014. "Concorremos com outros escritórios bastante renomados", afirma Boris Cunha.
O projeto da planta de 45 mil metros quadrados foi criado dentro dos padrões rigorosos da empresa, sediada na Noruega, que fabrica equipamentos para plataformas de petróleo. O projeto inclui, também, o plano diretor da área de 120 mil metros quadrados, com previsão de ampliação futura da fábrica.
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