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Veja algumas ações que ajudam a evitar a proliferação de ácaros |
Veja algumas ações que ajudam a evitar a proliferação de ácaros| Foto:

Proteção

Limpeza frequente cria barreira

Observar o tipo de revestimento é um dos pontos fundamentais para saber como proceder com a higienização. Quando o piso é frio, a poeira não fixa e circula pelo ar. A limpeza com pano úmido, detergente neutro e desinfetante deve ser diária para evitar reprodução e prevenir sintomas de alergia, afirma o químico ambiental Luís Carlos Soares, proprietário da EcoDry Limpeza.

O carpete retém a poeira, mas quando não há limpeza frequente, a poeira fica solta no ar. Aspire duas vezes por semana e faça a limpeza mais profunda a cada seis meses com produto de limpeza que contenha cloreto de belzalcônio (como Veja, Ajax e a maioria dos desinfetantes), que elimina os fungos pelo período de 180 dias, sugere Soares. "Aplique com uma escova, seguindo a orientação da embalagem, e aspire para finalizar."

Quem tem piso de tacos e aplica cera de carnaúba deve eliminá-la, recomenda Soares. "A sujeira gruda na cera. É preciso usar um removedor e aplicar cera sintética. Aí pode tratar como piso frio."

A empresa Super San usa um processo de nebulização a frio com um composto de amônio que impede a proliferação de bactérias, ácaros, fungos e mofo. "O produto cria uma película no ambiente, inclusive móveis e roupas, e age por seis meses", explica o franqueado Heron Roberto Rodrigues.

O serviço é realizado em duas horas, por dois funcionários da empresa, com equipamentos de proteção (máscara e macacão). É recomendado que ninguém esteja em casa, a não ser que use o mesmo equipamento. "Três horas após a aplicação, os moradores podem voltar e seguir a rotina normalmente", diz. O preço do serviço da SuperSan varia conforme o local onde a solução será aplicada. A presença de carpetes, ar-condicionado, tapetes e a quantidade de colchões influencia no preço.

Serviço:

SuperSan – (41) 3023-2361.

EcoDry – (41) 3268-2896.

  • Dupla de sanitizadores da SuperSan em ação: aplicação garante barreira contra microorganismos nocivos por seis meses

Tão importante quanto verificar as condições estruturais, quantidade de quartos, mobília e reformas necessárias na hora de alugar ou comprar uma casa ou apartamento é verificar as condições de ventilação, umidade local e contaminação microbiana do ambiente, mesmo que nunca tenha sido ocupado. Imóveis com condições de ventilação ruins são verdadeiras armadilhas para os usuários, especialmente aqueles que têm problemas respiratórios, por causa da proliferação de fungos, bactérias e ácaros. Um estudo divulgado pela revista científica Environmental Health mostra que até 60% dos edifícios do mundo apresentam deficiência de luz solar, ventilação e acúmulo de microorganismos que desencadeiam as alergias. Essa má qualidade do ar interno é conhecida como "Sín­­drome dos Edifícios Doentes", que pode resultar do próprio projeto arquitetônico ou da má conservação dos dutos de ar.

Em imóveis usados a situação é mais crítica porque, mesmo com limpeza física, o ambiente está sujeito a contaminação pelos microorganismos nocivos. Para evitar transtornos futuros, como aparecimentos de mofo nas paredes e problemas de saúde, faça uma sanitização antes da entrada da mudança e manutenção a cada seis meses em média, se for residência. Espaços comerciais precisam de uma manutenção a cada quatro meses, em média, pela maior circulação de pessoas.

Dificuldade para respirar

A comerciante Carmem Lanperc mora há três anos em uma casa de 140 metros quadrados no Abranches, em Curitiba. Ela decidiu contratar serviço de sanitização há dez dias, após passar duas temporadas convivendo com o problema. Logo no primeiro inverno que passou na casa, recém construída para a família, sofreu com o cheiro forte nas roupas e na casa após muitos dias fechada, bolor nas paredes e dificuldade para dormir.

O filho, Victor, 9 anos, era o que mais sofria. O quarto dele foi considerado o ponto mais crítico da casa, com muita umidade. "Ele dormia muito mal, tinha dificuldade de respirar à noite", revela a mãe. Esse é o segundo final de semana após a sanitização da residência de Carmem, tempo suficiente para sentir os efeitos no dia a dia. "O ar ficou mais leve e puro, desde o primeiro dia. Está ótimo para dormir. O Victor conta que está dormindo super bem."

Clima curitibano favorece formação de umidade

Em Cidades como Curitiba, onde há menos dias de sol, umidade do ar elevada em dias de chuva, que são frequentes no outono/inverno, e mudanças bruscas de temperatura, é comum a formação de bolor e mofo. Cenário que proporciona a proliferação de ácaros, oriundos da poeira doméstica – aquela cinza clara, que se acumula nos cantos, nos estrados de cama, embaixo e atrás de armários. Eles são muito sensíveis a luz, por isso não permanecem na superfície e tendem a ficar escondidos no interior de bichos de pelúcia, almofadas, tapetes e carpetes.

Junto com alérgenos de gatos e resíduos de baratas, os ácaros são os desencadeantes mais comuns de doenças alérgicas nos ambientes domésticos, explica a médica alergista Adriana Schmidt, do Serviço de Alergia do Hospital Cajuru da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e presidente do Departamento Cien­­tífico de Alergia da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP). "Muitos pacientes, que moravam em cidades quentes e ensolaradas, queixam-se que os sintomas começaram, ou se agravaram, quando mudaram para Curi­­tiba", afirma a médica alergista.

Normalmente os microorganismos estão em maior concentração dentro e atrás dos armários, conta o empresário Heron Roberto Rodri­­gues, franqueado da SuperSan no Paraná, especializada em sanitização de ambientes. "Em alguns casos, as pessoas costumam deixar roupas embaladas em sacos plásticos quando ficarão sem uso por bastante tempo. Ao invés de proteger a peça, está criando um atrativo", diz. O colchão também é parque de diversão. "Estima-se que 20% do peso de um colchão, passados dois anos de uso, seja composto por carcaça de ácaros, fungos, cabelo e pele."

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